quinta-feira, 30 de abril de 2015

GESTÃOTUCANALHA DA EDUCAÇÃO...PORRADA NOS MESTRES.

Tucanos do PR tratam
professores com porrada

Requião: agressão de Richa contra os professores é estúpida, violenta, cruel,imbecil, idiota e desnecessária

Truculência da polícia de Beto Richa deixa 107 servidores feridos, diz Rede Brasil Atual


Na tarde desta quarta-feira (29), professores em greve no Paraná e policiais militares entraram em confronto na frente da Assembleia Legislativa em Curitiba, onde é votado projeto  de lei que altera a fonte de pagamento de cerca de 30 mil beneficiários para o Fundo Previdenciário.

De acordo com relatos, os policiais usaram bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha e jatos de água contra os manifestantes.

“Agressão de Richa contra os professores é estúpida, violenta, cruel,imbecil, idiota e desnecessária”, manifestou-se o senador Roberto Requião (PMDB-PR) pelo twitter.

Com as mudanças na Paranáprevidência, o governo estadual, comandado por Beto Richa (PSDB-PR) deixa de pagar sozinho as aposentadorias e repassa parte da conta para os próprios servidores, já que o fundo é composto por recursos do Executivo e do funcionalismo. A medida cria uma economia de R$ 125 milhões mensais ao governo.

““Nunca imaginei que em pleno século XXI depois de lutas muito importantes pela democracia, pudéssemos viver um momento terrível como esse, um aparato policial de guerra, com helicóptero voando baixo derrubando as barracas e ameaçando retirar os professores que luta conta a retirada de direitos previdenciários dos servidores públicos do Estado do Paraná. Nesse momento, somos mais de 20 mil nessa praça de guerra.”, afirmou Carmen Foro, vice-presidenta da CUT Nacional.

De acordo com o portal G1, o presidente da Assembleia disse que manterá a votação.

“O que ocorre lá fora não é problema desta Assembleia”, declarou o presidente Ademar Traiano (PSDB).

“Não há bomba na Assembleia, a sessão tem que continuar”, finalizou.


Em tempo:
O projeto foi aprovado e mais de 200 pessoas ficaram feridas.

http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/04/professores-entram-em-confronto-com-pm-durante-votacao-na-alep.html

Alisson Matos, editor do Conversa Afiada

A INIMIGA DA DEMOCRACIA..

“A Globo é a responsável pelo não aprofundamento da democracia no Brasil”


Por Rafael Tatemoto, do Brasil de Fato - http://www.brasildefato.com.br/node/31890 
Laurindo Lalo Leal Filho é professor aposentado da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Seu principal objeto de estudo tem sido a análise de políticas públicas de comunicação, em especial para a televisão. Publicou, entre outros, os livros “Atrás das Câmeras: relações entre Estado, Cultura e Televisão” e “A melhor TV do mundo: o modelo britânico de televisão”. Hoje, apresenta o programa VerTv, exibido pela TV Brasil e é colunista do site Carta Maior.
Nessa entrevista para o Brasil de Fato, parte da cobertura especial “Globo 50 anos – O que comemorar?”, Laurindo falou sobre a história da emissora, os interesses que ela representa e como sua atuação se torna um obstáculo à ampliação da liberdade de expressão em nosso país.
 
Foto: Reprodução/Alesp  
Brasil de Fato: A Rede Globo está comemorando seu aniversário de 50 anos. Como ela serve de exemplo e nos ajuda a entender como os meios de comunicação foram estruturados no Brasil?
Laurindo Lalo Leal Filho: As Organizações Globo ocuparam um espaço que foi aberto na sociedade brasileira a partir da ideia de que não deve existir regulação para os meios de comunicação. A TV Globo é herdeira do jornal e da rádio Globo, que ocuparam, desde o início, sem nenhum tipo de controle, o espaço eletromagnético, as ondas de rádio e TV. Com isso, criaram uma estrutura que acabou se tornando praticamente monopolista. As concorrentes que surgiram acabaram por adotar o seu modelo, mas nunca conseguiram atingir os mesmos graus e índices de cobertura.
Ela conseguiu isso graças, primeiro, à total falta de regulação e, segundo, às relações que ela sempre buscou ter com os membros do poder, particularmente, aqueles mais conservadores.
A forte presença da Globo no cenário brasileiro é fruto da conjugação de vários fatores que acabaram determinando essa posição, que lhe deu a condição de pautar o debate político no Brasil.
Hoje, é a Globo que determina o que as pessoas vão conversar: é sobre novela, futebol ou escândalo político. São esses três eixos de conteúdo que ela oferece, de forma quase monopolista, sem que haja qualquer tipo de alternativa a esse debate.
A Globo se tornou um poder que impede uma maior circulação de ideias e a ampliação da liberdade de expressão. Hoje, o debate público é controlado pela Globo.
Como se deu esse processo em que a Globo se torna a maior empresa de comunicação do país?
O início foi o jornal O Globo. Depois veio a construção de canais para o rádio, entre os anos de 1930 e 1940. Em 1950, quando a televisão entra no Brasil, demora um pouco para as organizações Globo perceberem a importância desse novo veículo, mas, quando percebem, passam a fazer uma articulação, primeiro, para conseguir a concessão para um canal e, depois, obter benesses para tornar esse canal equipado.
O jornal e a rádio Globo obtiveram, através do seus presidente, Roberto Marinho, o canal que era pensado originalmente para ser a primeira emissora pública brasileira, que seria a TV Nacional, no Rio de Janeiro, durante a década de 50, no governo de Getúlio Vargas. Naquela época, o monopólio das comunicações estava nas mãos do Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados. Ele impediu, após a morte do Vargas, a criação dessa televisão pública.
As Organizações Globo se beneficiaram dessa ação do Chateaubriand contra o então presidente Juscelino Kubitschek. O Juscelino não criou a TV Nacional, mas acabou entregando o canal para a Globo. Esse foi o processo de outorga, que era uma forma de [o Juscelino] conquistar o apoio desse grupo que era economicamente mais bem organizado do ponto de vista empresarial que os Diários Associados, que já enfrentava uma crise. Esse foi o apoio político, mas houve também o apoio econômico.
Esse apoio a Globo foi buscar fora do Brasil, fazendo o famoso acordo com a [empresa estadunidense] Time-Life, garantindo, na época, 5 milhões de dólares para levantar as Organizações Globo. Esse processo foi considerado inconstitucional por uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] na Câmara dos Deputados, porque era uma empresa estrangeira investindo em uma empresa de comunicação brasileira. Entretanto, na ditadura militar essa decisão não foi levada em conta pelo governo federal e aí a Globo decolou. Teve, portanto, primeiro o apoio do Juscelino e depois dos militares.
Nesse processo, os Diários Associados foram à bancarrota, a Globo ocupou esse vácuo, emergindo como a grande empresa de comunicação do Brasil.
Você falou das relações com os setores conservadores. Especificamente em relação à ditadura, qual foi o papel da Globo?
O início da história golpista da Globo, ainda com a rádio e o jornal, pode ser localizada na tentativa de golpe contra o governo Vargas. Ali se tentou um golpe que foi adiado por dez anos: de 1954, com a morte de Vargas, para 1964, com a deposição do Jango [como era conhecido o ex-presidente João Goulart]. Houve uma campanha sistemática contra ele – como a que fazem hoje contra a presidente Dilma –, dando todo o apoio ao golpe militar e, depois, fazendo a sustentação política da ditadura, em troca de favores e vantagens.
Nesse sentido, qual o saldo da atuação da Globo na política brasileira?
A Globo é a responsável pelo não aprofundamento da democracia no Brasil. Ela faz isso através de dois mecanismos. O primeiro é a questão cultural, mantendo a população alienada, afastada do processo político através de uma programação que faz com que as pessoas deixem de prestar atenção a aquilo que é essencial à vida delas enquanto cidadãs, distraindo com a superficialidade da programação. A Globo é responsável pela despolitização do brasileiro.
De outro lado, está a defesa de interesses antipopulares. Nesses 50 anos, do governo Vargas até hoje, [a Globo] esteve comprometida com as classes dominantes do Brasil, todas as bandeiras populares que aprofundariam a democratização do país são demonizadas.
Quais bandeiras, por exemplo?
Podemos citar o caso das eleições diretas [processo de mobilização da sociedade civil conhecido como “Diretas Já”, ocorrido entre os anos de 1983 e 1984]. Naquele momento, por exemplo, era muito interessante manter as eleições indiretas, sobre as quais ela mantinha um controle muito maior. As diretas poderiam levar à eleição de um líder popular que não atenderia aos interesses da Globo.
A rede Globo usou todos os recursos para impedir a eleição do Leonel Brizola para o governo do Rio de Janeiro em 1982. Ela se colocou ao lado daqueles que queriam fraudar o pleito. Depois, quando ele ganhou, se tornou persona non grata na emissora.
Outra ação nefasta da Globo é perseguir políticos com posições não conservadoras, com posições mais voltadas para os interesses populares, tratando de maneira negativa. Excluiu Saturnino Braga, ex-prefeito do Rio de Janeiro. Trata de forma pejorativa líderes populares, como o [dirigente do MST, João Pedro] Stedile. Ou nem abre espaço para essas figuras. O próprio [ex-presidente] Lula sempre foi tratado de uma forma menor, subalterna. Há uma política editorial antipopular que é a marca dos 50 anos da rede Globo.
Pode-se dizer que é uma linha editorial de manipulação?
Uma política editorial de manipulação contra os interesses populares, sempre a favor das elites.
Do ponto de vista da estrutura da Globo, como ela consegue pautar o debate nacional?
Ela acaba pautando os temas e discussões no país. Ela tem enraizamento graças a um processo de afiliação por todo o Brasil que frauda a legislação, que não permite o oligopólio. É um enraizamento de cima para baixo, vindo do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, que se espalha para todo o país. Há uma aliança com as elites locais, que reproduzem em seus estados a mesma linha político-ideológico da Rede Globo. Esse controle sobre todo o país faz com que questões importantes, de interesse do povo, que deveriam estar sendo debatidas, acabam não tendo espaço.
O Roberto Marinho deixou isso muito claro. Quando ele defendia a “TV Escola” [televisão pública do Ministério da Educação], o argumento que ele usava é de que se você tem todo o conteúdo produzido em um local central, você tem muito mais facilidade de controle sobre esse conteúdo. Isso ele disse para a “TV Escola”, mas vale para também o conteúdo jornalístico. Com a centralização da informação, tem-se uma capacidade muito grande de impor a pauta no país todo.
Há quem diga que, hoje, a imprensa é o grande partido de oposição. Você concorda?
Ela é. Não sou eu quem digo. A própria ex-presidente da Associação Nacional dos Jornais disse isso há alguns anos. “Como a oposição está muito frágil, a imprensa tem que assumir seu papel”. Então, nos governos Lula e Dilma a oposição está centrada nos grandes meios de comunicação que, inclusive, pautam os partidos de oposição. São inúmeros os casos em que a mídia levanta um problema e os partidos de oposição vão atrás, quando, em uma democracia consolidada, seria exatamente o oposto: seriam os partidos que deveriam levantar as questões antigoverno e a mídia iria cobrir. Hoje, a mídia é o grande partido de oposição e a Rede Globo é o principal agente desse partido.
Você falou como a Globo impede o avanço da democracia brasileira. Toda vez que se fala, por exemplo, em democratização dos meios de comunicação, a Globo fala em “censura”. Como responder a isso?
Na verdade, eles são os censores. Eles é que fazem a censura de inúmeros assuntos, temas e angústias da sociedade brasileira, que não têm espaço na sua programação. Apesar de estarmos há mais de 30 anos sem censura oficial, eles usam um conceito de fácil assimilação pela população, e que ainda tem reverberação por aquilo que ocorreu durante o regime militar, para taxar aqueles que querem justamente o contrário, aqueles que querem o fim da censura estabelecida por esses meios e a ampliação da liberdade de expressão. A batalha pela liberdade de expressão é uma batalha difícil, porque nós temos que contrapor um conceito de fácil assimilação, um conceito que tem de ser explicado em seus detalhes, que é o da liberdade de expressão. Quando se quer a regulação dos meios de comunicação, se quer que mais vozes possam se expressar na sociedade brasileira.
A Rede Globo quer o monopólio total, o controle absoluto das ideias, informações e valores que circulam no país e, por isso, utilizam todos os recursos para que a liberdade de expressão seja uma liberdade controlada por eles.  

quarta-feira, 29 de abril de 2015

CRISE...VAI FALAR COM A CVC.


Publicado em 28/04/2015

Crise ?
Tiago foi a Natal de CVC !

Como seria minha viagem com a elite até hoje no poder ?



Depoimento do amigo navegante Tiago Begnossi, através do endereço georgia@conversaafiada.com.br


O ansioso leitor,

como milhões de brasileiros, tive a oportunidade de, finalmente, fazer um pacote CVC – a quem devemos perguntar sobre a crise – e ir até Natal-RN e descansar na praia de Ponta Negra por 7 dias.

Saindo de Brasília, aeroporto novinho.

Avião lotado, literalmente, cheio de pobres, negros, ricos, brancos etc e tal.

Chegando a Natal, aeroporto igualmente novinho, funcional, excelente.

Hotel simplesmente lotado, cheio de turista, que acho eu que também não conhecem a tal crise.

Praia na segunda -feira?

Igualmente lotada !

Praia de Pipa ? Não tinha onde sentar em pleno mês de abril, numa “bruta” terça-feira.

Ônibus e mais ônibus e vans de turistas, bugs passeando, shoppings de artesanato e restaurantes todos cheios.

Cadê a crise, ansioso blogueiro ?

Andando pela cidade, o que mais vi foi placa de investimentos do Governo Federal.

Reforma da UFRN, reforma do Porto, ponte Newton Navarro, construções das Forças Armadas, ligação para abastecimento de São Gonçalo do Amarante etc, etc, etc.

Não satisfeito em ficar quieto no hotel, alugo um carro (não na Localiza) e vou para o litoral Norte.

Para a minha alegria, além da beleza natural da Praia do Zumbi, vi o parque eólico do Rio do Fogo, uma coisa linda, girando e gerando energia com o vento.

Indo embora no sábado, aeroporto lotado, avião lotado, e para fechar com chave de ouro a melhor viagem que fiz até hoje, voltei na janela do avião e vi um canal da transposição do São Francisco, só não sei precisar aonde.

E pra finalizar, uma pergunta: como seria minha viagem com a elite até hoje no poder?

Não precisa responder, ansioso blogueiro!


Leia também:


Crise ? Fala com a ADM, com a CVC !



Crise? Vá lanchar em S. J. do Rio Preto!

...A PETROBRÁS SEMPRE QUIS AJUDAR O BRASIL...

Petrobras quer ajudar
acusação na Lava Jato

O objetivo é buscar o dinheiro do cartel de volta


O Conversa Afiada reproduz comunicado da Petrobras:


Petrobras pede para ser assistente do MPF nas ações da Lava Jato




A Petrobras informa que protocolou, no dia 24/04, pedidos de ingresso como assistente do Ministério Público Federal nas sete ações penais decorrentes da “Operação Lava Jato”, nas quais a companhia é vítima. Essas ações estão em curso na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).

Com essa medida, a Petrobras, que vem colaborando com as autoridades públicas, pretende atuar de forma mais incisiva na busca da reparação do seu prejuízo, visto que a sentença penal condenatória poderá garantir à companhia o pagamento de indenização pelos prejuízos oriundos dos delitos.

A Petrobras está tomando todas as medidas junto às autoridades brasileiras para reparar os danos sofridos em função dos atos ilícitos denunciados no âmbito da “Operação Lava Jato”.



Leia também:


Bendine tira a Petrobras das garras do Globo


UM JUÍZ SEM LIMITES LEGAIS...

Teori: Moro,
você foi longe demais!

Aecím, o Teori ainda vai conversar com você …​


Bem que o Ataulfo não queria empossar o Ministro Teori, no julgamento do mensalão, o do PT (sim, porque o dos tucanos evaporou-se como as páginas impressas da Fel-lha)

O voto do Ministro Teori, como relator do pedido de habeas corpus dos empreiteiros, decretou o fim da “Republica Morinha”, que fez, de fato, muita diferença.

Levou a Justiça brasileira à Era Medieval que por aqui não existia.

Com o apoio febril do PiG e sobretudo da Globo, Moro achou que governava o Brasil.

Que podia decretar prisão perpétua, como as de Guantánamo – sem instrução, contraditório, recurso ou julgamento !

Achou que ia quebrar a Petrobras.

Os fornecedores da Petrobras.

Ia prender o Lula e derrubar a Dilma.

Essa era a sequencia previsivel – udenista – do Julio Cesar do rio Paraná: veio e venceu !

Basta !

Moro, o Terceiro Turno acabou.

Teori furou o bolo da sua arrogância !

E agora o Moro vai ter que provar muito bem provado que todas as delações premiadas e devidamente vazadas para o Globo e a Fel-lha, como a da Gráfica Atitude , se sustentam em fatos.

Quem mandou prender a cunhada ?

Ali foi o erro fatal.

Ali a casa caiu !

E o Careca do Anastasia ?

O Brasil volta ao normal: o Supremo está acima da Vara do Moro.

Em tempo: Aecím, te cuida …

Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 28 de abril de 2015

PROFESSORES X JAGUNÇOS DA MÍDIA.

Os professores e os jagunços da mídia

Escrito por: Altamiro Borges
Fonte: Blog do Miro

Assembleias, passeatas e greves não são notícias e, como não aparecem no 'Jornal Nacional' da TV Globo, elas não existem

Diante das lutas dos trabalhadores, a mídia patronal sempre adotou um comportamento padrão. Num primeiro momento, ela invisibiliza as mobilizações. Assembleias, passeatas e greves não são notícias – e, como não aparecem no “Jornal Nacional” da TV Globo, elas não existem. Já num segundo momento, se a mobilização ganha força, a mídia simplesmente criminaliza a categoria. Os grevistas passam a ser culpados pelo congestionamento do trânsito – que são bem raros nos centros urbanos. Este padrão de manipulação é explícito na cobertura “jornalística” da greve dos professores de São Paulo, que já dura mais de 40 dias e enfrenta com coragem a intransigência do governador Geraldo Alckmin.
 
Diferentemente da postura adotada nas marchas golpistas – quando a mídia tucana deu manchetes, fez roteiros para os manifestantes e até alterou a sua grade de programação (a TV Globo chegou a mudar o horário de partidas do campeonato paulista) –, a justa paralisação do professorado paulista tem merecido um tratamento criminoso. Durante várias semanas, a greve sequer foi mencionada no “Jornal Nacional”. A diretoria do sindicato da categoria, a Apeoesp, chegou a enviar uma carta ao diretor de jornalismo da emissora, o capacho Ali Kamel, criticando a total ausência de cobertura da mobilização.
 
Como a greve cresceu e ganhou força – cerca de 80% da numerosa categoria está parada e as passeatas e assembleias reúnem mais de 50 mil professores no centro da capital paulista –, agora a mídia patronal partiu para a agressão. Ela exige imediata repressão e tenta jogar a população contra os grevistas. Em editorial neste sábado (25), intitulado “A baderna da Apeoesp”, o oligárquico jornal Estadão voltou a esbravejar que “a luta social é caso de policia” – como fazia no período das greves dirigidas pelos anarquistas, no começo do século passado. Diante de um confronto isolado com a repressão policial, na última quinta-feira (23), o jornal rosnou:
 
“As cenas de violência protagonizadas quinta-feira por professores em greve, em frente à sede da Secretaria Estadual da Educação, são muito mais do que um caso de polícia, embora por si só isso já sejam suficientemente graves, tendo em vista a importância social da categoria envolvida. Foi um triste atestado do aviltamento profissional de uma parte do professorado pela militância política, do qual as principais vítimas são evidentemente as crianças e os jovens de cuja formação esses professores devem cuidar”. Após elogiar a conduta do governador tucano Geraldo Alckmin, o editorial rosna: “É altamente preocupante pensar que o futuro dos alunos da rede pública está entregue a pessoas – ressalvadas as exceções – que cultivam a intolerância e cultuam a baderna”.
 
Menos hidrófobo e mais maroto na criminalização da greve, o editorial da Folha tucana, com o título “Mestres indisciplinados”, apelou para o fim do impasse. Sem apresentar qualquer crítica ao longo reinado tucano, que já dura mais de 20 anos e agravou o caos na educação em São Paulo – com salários aviltantes, péssimas condições de trabalho e total ausência de segurança nas escolas –, o jornal condenou a demanda “descabida” da categoria e as cenas de confronto. Na conclusão, não escondeu que segue blindando o governador Geraldo Alckmin: “Por mais que se concorde com a necessidade de valorizar a profissão docente, como sempre defendeu esta Folha, parece manifesto que o sindicato aposta num impasse e no prolongamento da greve”.
 
Nas emissoras de rádio e televisão, o clima que se tenta criar também é o da demonização da greve da categoria. Alguns jagunços midiáticos estão histéricos e exigem a imediata repressão aos grevistas. Um deles, o famoso pitbull Reinaldo Azevedo – da revista Veja, do jornal Folha e da rádio CBN (que toca mentira), até mereceu mais uma incisiva resposta da presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, que reproduzo abaixo:
 
***** 
 
Mais um ataque de Reinaldo Azevedo contra os professores. Até quando?
 
Novamente, o pseudo-jornalista Reinaldo Azevedo vem a campo para defender seus patrões, o PSDB. Novamente, ataca com baixeza minha pessoa e os professores estaduais em greve.
 
Mentiroso contumaz, este senhor diz que nossa categoria reivindica 75% de reajuste salarial de uma única vez. As pessoas sérias, que leem os materiais do nosso sindicato, já sabem que estamos pedindo um plano de composição salarial para alcançar o aumento de 75,33% necessário à equiparação salarial com os demais profissionais de formação com nível superior, como determina a meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE), que é uma lei votada pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidenta da República. Reinaldo Azevedo propõe, então, que o governo do PSDB não cumpra a lei.
 
Ele vocifera contra um grupo de professores que tentou ocupar a sede da Secretaria Estadual da Educação, após uma reunião na qual o Secretário da Educação disse não ou não respondeu aos pontos da nossa pauta de reivindicações. Ao contrário do que ele diz, nosso sindicato não deliberou que fosse feita esta ação, mas é compreensível que professores estejam indignados cansados e estressados com o pouco caso do governo do PSDB para com a nossa categoria e para com a escola pública.
 
Por que Reinaldo Azevedo não se mostra indignado com a postura autoritária e irresponsável do Governador e do Secretário da Educação, que ignoram milhares de professores em greve há mais de 40 dias e milhões de alunos sem aulas? Sim, porque pode estar havendo tudo nas escolas estaduais, menos aulas regulares. Alunos são empilhados em salas superlotadas, com turmas agrupadas, onde professores eventuais tentam manter um falso clima de normalidade, de acordo com a determinação da Secretaria da Educação. É isso que deseja Reinaldo Azevedo para os estudantes das escolas estaduais, porque nutre profundo desprezo pelas camadas pobres da população, usuárias das escolas públicas.
 
Este senhor tenta atacar-me utilizando minha trajetória sindical. Quanta pobreza de espírito! Tenho um enorme orgulho de minha história, que é bem diferente da de Reinaldo Azevedo, que ganha a vida dedicando-se a enxovalhar pessoas. Sim, eu me dedico diuturnamente a defender os professores e a escola pública. Sou professora, estou dirigente sindical, porque fui eleita e reeleita diversas vezes pelo voto direto para esta função. E este jornalista? Que caminhos tortuosos o trouxeram à sua condição atual?
 
Todos os anos participo da atribuição de aulas na Escola Estadual Monsenhor Jerônymo Gallo, em Piracicaba, onde sou professora efetiva. Depois disponibilizo as aulas para outro colega, porque tenho direito legal ao afastamento para exercício de mandato sindical. Tenho uma ligação muito profunda com os professores e com os estudantes da rede estadual de ensino, algo que Reinaldo Azevedo e seus patrões nunca conseguirão me tirar, porque faz parte da minha alma.
 
O que interessa, mesmo, é que o Governo Estadual do PSDB, Reinaldo Azevedo e outros sabujos jamais conseguirão quebrar a força, a dignidade e espírito de luta dos professores da rede estadual de ensino. Por isso estão tão nervosos. Por isso, cada vez mais, este pretenso jornalista escreve seus textos com lama.
 
*****

DESCOMEMORANDO GERAL.

Na 'descomemoração' dos 50 anos da Globo, lembrança de Brizola e de apoio à ditadura

Escrito por: Igor Carvalho
Fonte: Rede Brasil Atual

Emissora também é lembrada por criminalizar movimentos sociais e por envolvimento em denúncias de sonegação fiscal

Na era em que o combate à corrupção e o discurso da moral estão na ponta da língua, a Rede Globo e sua história de desvios e manipulações parecem passar incólumes pelo crivo crítico daqueles que vestem verde e amarelo. A turma da CBF moradora em São Paulo preferiu neste domingo (26) ficar em casa – presumivelmente vendo a final do campeonato paulista e o Faustão –, enquanto centenas de pessoas de diversos movimentos sociais se manifestavam contra a emissora da família Marinho e seus 50 anos de histórias de contribuições à ditadura, às elites e ao conservadorismo do país.
 
Às 15h, os manifestantes começaram a se reunir na praça General Gentil Falcão, zona sul da capital paulista, nas proximidades da sede da emissora.
 
"Meus filhos assistem TV e eles assistem a Globo, mas precisam saber, desde cedo, que a Globo manipula e que poderíamos ser um país melhor sem ela”, declarou Edson Vargas, que veio de bicicleta de Ribeirão Pires, na região do ABC paulista, com os dois filhos, de 12 e 10 anos, somente para participar da manifestação.
 
Quando o ato saiu da praça e ocupou a avenida Luiz Carlos Berrini, eram 400 manifestantes, segundo a organização do ato (120, segundo a PM). Entre eles, Pedro Ekman, do Intervozes, um dos movimentos organizadores da manifestação. "O mais grave é o fato da Globo ser um monopólio de comunicação. É absolutamente antidemocrático. Você tem uma Constituição Federal que proíbe o monopólio da informação e você tem uma empresa que detém 70% do mercado. Isso em qualquer país civilizado é considerado um monopólio", defendeu o ativista.
 
Durante toda a última semana, sob o comando do editor do Jornal Nacional, William Bonner, a Globo fez uma retrospectiva do jornalismo da emissora nos últimos 50 anos. "Foi uma piada", atacou Altamiro Borges, jornalista e coordenador do Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé, que comparou a emissora carioca a um "assassino". "Eles te matam e depois pedem desculpas à família. Do que adianta? O caos já está feito. Se a Globo não manipula o debate de 1989, onde o Brasil estaria hoje? Sem o apoio da Globo ao golpe militar de 1964, onde o Brasil estaria hoje?", disse, referindo-se ao debate presidencial entre os então candidatos Lula e Fernando Collor, em que este acabou eleito. A própria emissora, por meio de alguns de seus executivos à época, já admitiu ter editado trechos do debate para favorecer a candidatura de Collor.
 
Comum entre os manifestantes era a lembrança de que a emissora, durante seus 50 anos, foi responsável pela criminalização e inviabilização de diversos movimentos sociais.
 
"Na Globo, nós, os movimentos sociais, sempre somos tratados como 'vândalos', nossos atos estão sempre vazios e os discursos são manipulados pelos repórteres deles", lembrou Jussara Basso, da coordenação nacional do MTST. "Como concessão pública, eles deveriam transmitir ao povo o que está acontecendo, eles devem satisfação ao povo, mas mentem e não são cobrados por isso."
 
Tinta vermelha
 
Já na entrada principal da Rede Globo, os manifestantes picharam no muro algumas mensagens: "Assassina", "Globo Mente" e "Globo Golpista". Durante o protesto, algumas palavras de ordem foram gritadas e quatro balões com tintas vermelhas foram arremessados contra o muro.
 
Ainda na frente da emissora, os manifestantes sentaram no chão e acompanharam o vídeo do direito de resposta que o ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, conseguiu na Justiça e que foi lido ao vivo, na Globo, por Cid Moreira – um momento histórico da TV brasileira e marco da resistência ao autoritarismo da "vênus platinada". Assista aqui.
 
Passava das 18h quando os manifestantes começaram a retornar à praça General Gentil Falcão, ponto de partida do ato. "São 50 anos de não-comemoração. A Globo neste tempo manipulou o povo e não mostrou a realidade do país, não temos motivos para comemorar. A Globo divide o poder com a mesma elite que comanda o país desde 1965", afirmou Gabriela Guedes, do Levante Popular da Juventude.
 
CUT, MTST, UNE, Levante Popular da Juventude, Intervozes e Juntos estavam entre as entidades que organizaram o ato.

50 ANOS CONTRA A DEMOCRACIA...

Rede Globo: 50 anos de ataques à democracia

Escrito por: Joanne Mota
Fonte: Vermelho

'Hoje, a Globo que determina o que as pessoas vão conversar, de forma quase monopolista, sem que haja qualquer tipo de alternativa a esse debate. Com uma política editorial de manipulação contra os interesses populares, sempre a favor das elites.', disparou Laurindo Lalo Leal Filho, professor aposentado da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo e apresentador do programa VerTv, exibido pela TV Brasil, ao comentar os 50 anos da Rede Globo no Brasil.

O pesquisador lembra que "as Organizações Globo ocuparam um espaço que foi aberto na sociedade brasileira a partir da ideia de que não deve existir regulação para os meios de comunicação. A TV Globo é herdeira do jornal e da rádio Globo, que ocuparam, desde o início, sem nenhum tipo de controle, o espaço eletromagnético, as ondas de rádio e TV. Com isso, criaram uma estrutura que acabou se tornando praticamente monopolista. As concorrentes que surgiram acabaram por adotar o seu modelo, mas nunca conseguiram atingir os mesmos graus e índices de cobertura".
 
E completou: "A Rede Globo quer o monopólio total, o controle absoluto das ideias, informações e valores que circulam no país e, por isso, utilizam todos os recursos para que a liberdade de expressão seja uma liberdade controlada por eles".
 
50 anos de poder e hegenomia
 
Laurindo Leal (foto ao lado) ainda destaca que o pdoer e hegeminia da chamada vênus platinada se deu graças, primeiro, à total falta de regulação e, segundo, às relações que ela sempre buscou ter com os membros do poder, particularmente, aqueles mais conservadores. Hoje, é a Globo que determina o que as pessoas vão conversar: é sobre novela, futebol ou escândalo político. São esses três eixos de conteúdo que ela oferece, de forma quase monopolista, sem que haja qualquer tipo de alternativa a esse debate".
 
O pesquisador salienta que a maior empresa de comunicação do Brasil se tornou um poder que impede uma maior circulação de ideias e a ampliação da liberdade de expressão. Hoje, o debate público é controlado pela Globo.
 
Globo e sua relação com a ditadura
 
Durante a entrevista, Laurindo Leal Filho lembrou da relação golpista que a Globo manteve com o regime militar. 
 
"O início da história golpista da Globo, ainda com a rádio e o jornal, pode ser localizada na tentativa de golpe contra o governo Vargas. Ali se tentou um golpe que foi adiado por dez anos: de 1954, com a morte de Vargas, para 1964, com a deposição do Jango [como era conhecido o ex-presidente João Goulart]. Houve uma campanha sistemática contra ele – como a que fazem hoje contra a presidente Dilma –, dando todo o apoio ao golpe militar e, depois, fazendo a sustentação política da ditadura, em troca de favores e vantagens".
 
Luta de ideias
 
Ao apontar a influência da rede no debate político nacional e seu objetivo com essa atuação. ele indicou que a Rede Globoé a responsável pelo não aprofundamento da democracia no Brasil. 
 
 
"Ela [a Globo] faz isso através de dois mecanismos. O primeiro é a questão cultural, mantendo a população alienada, afastada do processo político através de uma programação que faz com que as pessoas deixem de prestar atenção a aquilo que é essencial à vida delas enquanto cidadãs, distraindo com a superficialidade da programação. A Globo é responsável pela despolitização do brasileiro".
 
Partido de oposição
 
Para o pesquisador, a Rede Globo se consolidou como um grande partido de oposição. "Não sou eu quem digo. A própria ex-presidente da Associação Nacional dos Jornais disse isso há alguns anos. “Como a oposição está muito frágil, a imprensa tem que assumir seu papel”. Então, nos governos Lula e Dilma a oposição está centrada nos grandes meios de comunicação que, inclusive, pautam os partidos de oposição"
 
E lembrou que são inúmeros os casos. "Hoje, a mídia é o grande partido de oposição e a Rede Globo é o principal agente desse partido".
 
Democratização da comunicação
 
Ao final da entrevista, Laurindo Leal Filho falou sobre a luta central pela democratização do setor e criticou os que acham que regular é censurar.
 
"Na verdade, eles são os censores. Eles é que fazem a censura de inúmeros assuntos, temas e angústias da sociedade brasileira, que não têm espaço na sua programação. Apesar de estarmos há mais de 30 anos sem censura oficial, eles usam um conceito de fácil assimilação pela população, e que ainda tem reverberação por aquilo que ocorreu durante o regime militar, para taxar aqueles que querem justamente o contrário, aqueles que querem o fim da censura estabelecida por esses meios e a ampliação da liberdade de expressão". 
 
Para o pesquisador, "a batalha pela liberdade de expressão é uma batalha difícil, porque nós temos que contrapor um conceito de fácil assimilação, um conceito que tem de ser explicado em seus detalhes, que é o da liberdade de expressão. Quando se quer a regulação dos meios de comunicação, se quer que mais vozes possam se expressar na sociedade brasileira".
 
Domingão do Povão
 
A Pós-TV, projeto do coletivo Fora do Eixo, produziu um vídeo, que circula pelas redes sociais, sobre as contradições do jornalismo da Rede Globo. Além disso, o vídeo convoca para uma manifestação em Brasília, no próximo domingo, às 13h, na sede da emissora na capital federal. No dia 26 de abril, a Globo completa 50 anos.
 
Assista aqui o vídeo
 
Descomemorações
 
Por todo o Brasil, neste domingo (26), movimentos sociais, organizações políticas, coletivos de comunicação e de juventude estão articulados para "descomemorar" os 50 anos da Rede Globo em manifestações por todo o país. Na última semana, essas entidades lançaram manifesto contra os ataques da chamada vênus platinada à democracia.
 
Do Portal Vermelho, com informações do Brasil de Fato

ISSO A GENTE NÃO VÊ NA REDE ESGOTO

Globo é escrachada no RJ

blog Globo é escrachada 26 04 Na orla de Copacabana - RJ existe um quiosque da Rede Globo e a emissora divulgou que iria ocorrer, durante todo o dia de seu aniversário, apresentações de artistas em evento aberto ao público.

O Grupo Teatral Zelotes, acompanhado de amig@s, chegou diante do quiosque da Globo por volta das 15h.

Foi com surpresa que se verificou a pouca presença de público.

Logo no início da noite, por volta das 19h, fomos para a porta do Hotel Copacabana Palace onde iria ocorrer um jantar reservado para convidados VIP's da Globo. Lá chegando encontramos outro grupo de manifestantes com alguns cartazes.

Um grande contingente de policiais estava guardando a portaria do hotel e seu entorno.

Os manifestantes panfletaram e organizaram um velório simbólico da Globo.

Várias pessoas que passavam pelo calçadão de Copacabana fizeram registro fotográfico da animada manifestação.

Por volta das 21h encerrou-se o escracho.

Todos os manifestantes saíram felizes pois soube-se que a Globo, por algum "motivo", desistiu do tal jantar VIP.

fotos da descomemoração 26 04
PS - Clique aqui e confira mais 31 fotos

COMPARTILHAR É O SEGREDO DE NOSSA FORÇA!

A VERDADEIRA HISTÓRIA DA REDE ESGOTO..

A história verdadeira da Globo

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Nos próximos dias, publicarei aqui algumas capas do Globo do ano de 1964, para mostrar a vocês que Roberto Marinho não apenas apoiou a ditadura. O Globo teve um papel central na articulação do golpe, no endurecimento do regime, e, sobretudo, na construção de uma narrativa que favorecesse os militares.
É sempre assim: o Globo produz uma narrativa política ao sabor de seus interesses, que jamais coincidiram com os interesses dos trabalhadores, ou da democracia.
Hoje eu publico aí embaixo a primeira página do dia 9 de abril de 1964, uma semana depois do golpe. Leiam o editorial e as chamadas de primeira capa.
A manchete é uma chamada de apoio para o endurecimento do regime, através da cassação de mandatos de deputados “extremistas” ou “comunistas”,  a saber, parlamentares de esquerda.
O Globo ajudava, desde o início, a criação de uma atmosfera de apoio à violação sistemática e crescente aos direitos políticos democráticos no país.
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GILMAR NÃO TEM PODER DE VETO.

Gilmar perde até em casa

Pedido de vistas não significa poder de veto !



O Bajulador Jurídico é um site de “notícias” que participa de forma conspícua do Sistema Dantas de Comunicação.

(Outro é o site também de “notícias”, o 247, como se vê nesses documentos aqui postados.)

O “responsável” pelo Bajulador Jurídico foi o cupido do casamento do Ministro Gilmar Dantas, segundo o insuspeito testemunho da colonista (ver no ABC do C Af) Eliane Tucanhede, aquela da massa cheirosa.)

Esse mesmo editor responsável lançava seus anuários nas dependências do Supremo Tribunal quando presidido por Gilmar Mendes.

Nessa mesma presidência, numas férias, Gilmar cometeu a obra-prima de conceder dois HCs Canguru em 24 horas a Daniel Dantas, apesar da reportagem inequívoca do jornal nacional.

Tudo a mesma sopa, diria o Mino Carta !

(Para quem Dantas continua a ser o dono do Brasil, pois não há nada que aconteça no Brasil sem que o brilhante esteja por trás.)

No auge da campanha para justificar o #DevolveGilmar, Gilmar Mendes deu uma passadinha na redação do Bajulador Jurídico.

Ele foi defender a tese de que seu pedido de vistas ajudou a amadurecer a discussão sobre o financiamento de campanhas.

Quá, quá, quá !

Desde que Juscelino construiu Brasília que a gente sabe como é que os empreiteiros financiam as campanhas políticas no Brasil.

E ainda precisa de amadurecimento …

(Quem precisa de “amadurecimento” é o Moro, porque ignora que a roubalheira na Petrobras tenha começado com o FHC.)

O problema não foi a “entrevista” que Gilmar concedeu aos jurídicos bajuladores.

Um exercício de tautologia.

O problema foram os comentários à “entrevista”.

Nem em casa ele deixa de apanhar de goleada: 6 a 1.

http://www.conjur.com.br/2015-abr-24/gilmar-mendes-pedido-vista-amadureceu-debate?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook


Gilmar Mendes não tem poder de veto!

alvarojr (Advogado Autônomo – Consumidor)25 de abril de 2015, 15h31

Ao contrário do que supõe.
O debate já estava suficientemente maduro quando pediu vista.
Todas as considerações que faz a respeito do assunto se referem ao mérito da ação.
Se quer fazer considerações a respeito do mérito da ação, que profira seu voto como bem entender ao invés de usar pedido de vista como veto informal.


Álvaro Paulino César Júnior
OAB-MG 123.168

Fins não justificam os meios

Marcondes Witt (Auditor Fiscal)25 de abril de 2015, 1h42

Os fins não justificam os meios. Pedido de vista é para o julgador estudar melhor, e retornar o julgamento à pauta; não serve para impor seu ponto de vista, possivelmente minoritário, à maioria da corte.
Enquadrável como crime de responsabilidade do art. 12, I, da Lei 1.079/1950?
#Devolve!

Willson (Bacharel)24 de abril de 2015, 23h42

Tal linha de raciocínio seria bastante coerente, SE O EMISSOR FOSSE POLÍTICO, e não juiz da mais alta corte. Este precisa dar exemplo de distanciamento político e respeito às regras do jogo, estabelecidas EM LEI e nos regimentos. O mesmo que se exige dos jurisdicionados. Não deve, portanto, obstar uma decisão já composta, por mais nobres que possam ser suas intenções. É errado e desrespeitoso para com os seus pares e para com quem pediu a tutela jurisdicional. Se a parte num processo descumpre prazos, experimenta consequências, às vezes danosas. Não deveria ser necessário explicar a um magistrado, que sua função é de apenas julgar, e deixar a politica para os políticos. E de que os fins não justificam os meios, jamais.



E vote na trepidante enquete do C Af:


Quem não quer o Lula em boa forma?



UMA GREVE QUE NÃO EXISTE...

Greve: professores
desmentem Alckmin

Greve de professor em SP, Paraná e Pará – onde governa tucano …


A respeito da declaração de Geraldo Alckmin de que “não existe greve de professor no Estado de São Paulo”, Maria Izabel, presidente da APEOESP, afirmou que o governador “desrespeita os professores em greve”.

Leia a íntegra do comunicado:


Governador continua desrespeitando os professores em greve


O Governador do Estado de São Paulo continua se repetindo, ora afirmando não haver greve de professores, ora dizendo que ela atinge apenas 1% dos professores ou, ainda, que é uma greve de temporários.

A realidade desmente o governador. Os meios de comunicação já confirmaram in loco que a greve atinge a rede estadual de ensino em todas as regiões do estado e que o número de professores parados supera 50%, chegando em alguns momentos a 70% ou 75% da categoria. Por ordem do Governo, muitas escolas tentam manter uma aparência de normalidade, mas não há atividade regular nas escolas estaduais.

O Governador repete a mesma cantilena de que teria dado aos professores reajuste de 45% em quatro anos (2011 a 2014), mas isto não é verdade. Parte deste índice se refere à incorporação de gratificações (Gratificação por Atividade de Magistério – GAM e Gratificação Geral – GG), sendo que a incorporação da GAM (em três parcelas anuais, entre 2010 e 2012) havia sido negociada no Governo anterior, quando era Secretário da Educação Paulo Renato de Souza.

Descontadas as incorporações das gratificações (cujos valores já eram recebidos pelos professores), o reajuste se limitou a 29,9%, em quatro parcelas. no período em que se registrou uma inflação de 27,77%, de acordo com o ICV-DIEESE. Assim, o pequeno aumento real de 1,6% não recompôs o poder de compra dos salários dos professores.

Diz também que pagou R$ 1 bilhão em bônus aos professores, o que também não se comprova. Na realidade, segundo dados do próprio Governo, apresentados perante o conselho fiscalizador do FUNDEB, foram despendidos R$ 606 milhões em abril e serão pagos outros R$ 306 milhões em setembro. Um pequeno “erro” de quase 9% nas contas.

Mas isto não é o mais importante. O fato é que o bônus não beneficia todos os professores e não é política salarial. Queremos que os valores gastos com bônus sejam convertidos em reajustes salariais para toda a categoria.

Não importa se o Governador fica nervoso a cada evento onde encontra professores em greve. Vamos continuar presentes em todos esses momentos para lembrá-lo de que está em dívida conosco e que nossa greve vai continuar até que o Governo Estadual apresente propostas que possam ser analisadas pela nossa categoria.




Veja também:


Globo faz como Alckmin: greve de professor não existe

domingo, 26 de abril de 2015

ETA TREM BÃO...

Procuradoria pede prisão de ex-dirigente da Alstom envolvido em cartel



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será que as TVs darão essa notícia com a ênfase necessária?

MARIO CESAR CARVALHO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) -
O Ministério Público de São Paulo pediu a prisão de César Ponce de Leon, ex-dirigente da Alstom, que é acusado pela práticas dos crimes de fraude à licitação e formação de cartel. O promotor Marcelo Mendroni tomou a medida após a constatação de que Ponce de Leon reside na Espanha e continua a trabalhar na Alstom, segundo dados que ele incluiu em redes sociais como a Linkedin. Por viver no exterior, ele não foi localizado para ser notificado de que é acusado de supostos crimes praticados em 2007 e 2008, durante a gestão do então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), em compras de trens e material ferroviário que somam R$ 550 milhões. A ação com a acusação foi apresentada no último dia 17 pela Promotoria. O superfaturamento apurado nas três licitações, segundo o promotor, chega a 20% do valor dos contratos, ou R$ 110 milhões. Os trens foram adquiridos pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
A empresa do governo paulista já é ré em outro processo. O fato de o ex-dirigente da Alstom residir no exterior gera uma situação de "desigualdade", segundo o promotor. "Se um brasileiro pratica um crime na Espanha, está sujeito à prisão imediata. Mas um espanhol que pratica um crime no Brasil pode viver tranquilamente na Espanha, sem qualquer risco de ser preso. Essa situação de desigualdade não pode persistir. A prisão foi pedido para assegurar a aplicação da lei", afirmou à reportagem Mendroni, do Grupo Especial de Delitos Econômicos da Promotoria. O promotor pediu a inclusão do nome do executivo nos sistemas de alerta da Interpol. Se ele tentar deixar a Espanha, poderá ser preso no aeroporto ou estação de trem.
PREÇOS COMBINADOS Ponce de Léon é acusado, junto com outros 10 executivos, de terem combinado preços e dividido o mercado. Também são acusados executivos da Bombardier, CAF, Iesa, Temoinsa, T´Trans, Tejofran e a própria CPTM. Todas alegam que não praticaram crime algum. As evidências de formação de cartel foram encontradas em e-mail apreendidos durante o processo em que a Siemens fez um acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A Siemens entregou o nome das empresas e executivos que participariam de um cartel para obter uma pena menor. O acordo de leniência que ela fez é o equivalente à delação premida para pessoas físicas. A Alstom disse que respeita as leis brasileiras das licitações que participa, mas não se manifestará sobre o pedido de prisão de seu funcionário na Espanha.


A HISTÓRIA DA CONTAS NA SUIÇA.

REPASSEM

Comentário número 2 de Giovanni G. Vieira: Bem diziam os antigos: "A verdade pode tardar, mas um dia acaba vindo à tona.

CACILDA! CARACA! E não é que "The Globe", "Vesga" (Veja) e outras ratazanas da direita golpista e alienígena acabaram sendo pegos nesse escândalo de corrupção das bilionárias contas secretas no Banco HSBC na Suiça e nas Ilhas Caymã?

ESTARRECEDOR!!! MAMMA MIA! PER LA MADONNA! 
OITO MIL E SEISCENTOS LADRÕES E QUADRILHEIROS DA TAL "ELITE" ENVOLVIDOS EM UM ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO E TRÁFICO DE DIVISAS NO VALOR DE CENTO E CINQUENTA BILHÕES DE REAIS ROUBADOS À NAÇÃO BRASILEIRA.

NÃO TEM JEITO: FOGO NOS MARCHADEIROS GOLPISTAS E LADRÕES!
FOGO NA "ELITE" CÍNICA, HIPÓCRITA E ORDINÁRIA!!!
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Em Terça-feira, 7 de Abril de 2015 11:54, Gustavo Santos escreveu:

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Paulo Moreno <pmoreno42@yahoo.com.br>
Data: 7 de abril de 2015 11:23
Assunto: Re: AS GRANDES FORTUNAS NA MIRA DE SEREM TRIBUTADAS
Para:
Essas contas secretas no HSBC na Suíça totalizam 8600 brasileiros das elites e dinheiro sujo da corrupção, dinheiro de traficantes de drogas e contrabandistas de armas, diretores de bancos, donos de grandes empresas de ônibus e transportadoras e alguns donos de mídia. Essas contas cresceram muito no Esquema Uruguai criado semanas antes da posse de Fernando Collor pois ele e a Zélia Cardoso de Mello avisaram as elites que seriam realizados confiscos em março de 1990 e segundo os depoimentos do ex-delegado Protógenes Queiroz no Livro A Privataria Tucana de Amaury Junior (2007) as remessas ilegais explodiram durante o governo FHC quando 91 políticos demo-tucanos receberam 150 bilhões de reais (R$150.000.000.000,00) em "propinas de multinacionais" para aparovaraem as privatizações de 137 estatais e essa remessa foi operada pelo mesmo doleiro Alberto Youssef, Olga Youssef e Norma Kodamo entre 1995 e 2002 via agência BANESTADO NY (Banco do Estado do Paraná com ajuda de oito diretores desse banco) e eles chegaram a ser presos pelo Protógenes em 2001 mas com a REDE DE PROTEÇÃO criada por FHC eles foram soltos e o Gilmar Mendes e o Geraldo Brindeiro (engavetador mór de fhc) aliviaram esses doleiros que operaram por 8 anos as contas CC-5 e remeteram essa fortuna para contas secretas (a conta em Caymã eram denominadas  "Conta Tucano" e "Conta CHTJ" tinha as iniciais de quatro políticos, essa fortuna ilegal foi "lavada" entre 1995 e 2002, em agências de vários bancos, incluindo o HSBC, nas Ilhas Caymã. A CPI BANESTADO FOI ABAFADA e nunca mais o STJ tocou nesse assunto, o esquema Banestado foi o maior esquema de corrupção da história do Brasil, remessa de 1% sobre o valor venal das 137 estatais privtizadas (65 industrias nacionais estatais e bancos estaduais) subavaliadas pelo First Suisse Bank of Boston e o Banco Opportunity de Daniel Dantas e o BBA -Banco Bracher e Pérsio Arida que "intermediaram as privatizações no govereno fhc"  das empresas privatizadas a "preços irriósrios", ou seja, sobre 15 trilhões de reais (5 trilhões de dólares).

As primeiras contas secretas no HSBC surgiram em 1963

O jornalista Roberto Pisani Marinho foi um dos primeiros do Brasil a criar essas contas secretas no HSBC da Suíça e Monte Carlo (onde criou uma empresa de fachada) quando recebeu entre 1963 e 1964 uma fortuna de sessenta e hum (61)  milhões de dólares dos banqueiros americanos Witty Wallace e Joseph Wallace donos da empresa de comunicações do Grupo Time Life para ajudar a CIA a derrubar João Goulart em razão da Lei 4.131/64 que tramitava no Congresso Nacional e foi sancionada por Jango em janeiro de 1964. Desde 1964 a criação da REDE GLOBO, que só foi formalizada após o "engavetamento da CPI-Globo-TimeLife" em maio de 1965 a pedido da CIA. Os irmãos Civita e o pai Victor Civita eram também sócios do Grupo Time Life Broadcast Incorportion, e sócios do Grupo MONDADORI na Sicília (Palermo) pela fusão da Editora MONDADORI CIVITA CASTELLANA SPA- Società Per Anonimati, com sede na Praça digo Piazza Marcantoni. 
Digitem no Google: Mondadori Civita Castellana SPA e confiram. 
Os Civita têm sucursais em quase toda a América Latina, a Revista MIRA (Veja) que foi criada pela Editoriales Avril na Argentina, a Revista Panorama no México, a Revista Realidade no Brasil que foi fechada em 1968 em razão da CPI GLOBO-TIME LIFE e CPI ABRIL CULTURAL pelo ministro das comunicações do primeiro governo militar, o coronel Quandt de Oliveira da FAB.
Sugiro leitura nos livros:

1- A HISTÓRIA SECRETA DA REDE GLOBO, Daniel Herz, 1978, censurado pelo governo em 1978 e comprada pelo jornalista RPM;
2- BRASIL, UM PAÍS NO AR - DER SPIEGEL- MAIO 1988
3- BEYOND CITIZEN KANE, BBC, LONDRES, 1988
4- "AFUNDAÇÃO" ROBERTO MARINHO, Romerio Machado, 1987
5- TRIOLOGIA GLOBAL, Romerio Machado, 1989
6- O BRASIL PRIVATIZADO, O SAQUE CONTUNUA, Aloysio Biondi, 1999
7- A PRIVATARIA TUCANA, Amaury Junior e depoimentos do delegado Protógenes (perseguido por FHC e exonerado por Gilmar Mendes) 
8- FHC, CRISE E CORRUPÇÃO, Professor Henrique Fontana, editora Câmara dos Deputados, 1999, edição foi recolhida por FHC. Entretanto existem exemplares a venda na Internet. Mostra depoimentos de agentes da PF e de Protogenes no caso da prisão do doleiro Youssef em 2001 que operou 8 anos nas remessas ilegais de 150 bilhões de reais pelo  esquema BANESTADO para 91 políticos demo-tucanos resultantes de priopinas das privatizações pagas por multinacionais, lavadas nas agências do HSBC das Ilhas Caymã. 
9- PASSANDO A LIMPO A HISTÓRIA DE UM FARSANTE , Pedro Collor de Mello (contem relatos sobre a OPERAÇÃO URUGUAI feita por 8 mil empresários e políticos e banqueiros que foram avisados por Fernando Collor e Zélia Cardoso de Mello, com antecedência de três meses antes dos confiscos de 15 de março de 1990.
10-A PRIVATARIA TUCANA, O BANESTADO  E O ESQUEMA LAVAJATO: Aguardem, está em fase de edição pelo Amaury Júnior em Belo Horizonte. Retrata as origens das operações dos mesmos doleiros que operaram para os demo-tucanos operaram para os governos seguintes no Cartel das Empreiteiras que também foi iniciado no governo FHC conforme depoimentos de diretores de várias empreiteiras no lava-jato. Ele abordará também as "delações seletivas" o a Rede de Proteção criada por FHc no Judiciário e as ligações de Rosângela Wolff Quadros Moro coma Shell e os tucanos do Paraná. 
SITE DA EMPRESA EDITORIA MONDADORI CIVITA CASTELLANA NA SICÍLIA PRAÇA MARCANTONI ESTÃO CHEGANDO MUITO PERTO DAS CONTAS CHTJ NAS ILHAS CAYMÃ LÁ ENCONTRARÃO UMA GRANDE FORTUNA 
Piazza Marcantoni

A CORRUPÇAO QUE A MÍDIA NÃO MOSTRA.

Extraído de um artigo de * Jeffrey D. Sachs O Estado de S.Paulo
O dinheiro move montanhas e está corrompendo políticos em todo o mundo. É difícil que haja um dia em que não venha à tona um novo caso de práticas administrativas questionáveis ou ilegais. Ao longo da última década, todas as firmas de Wall Street pagaram multas significativas por causa de algum episódio de fraude contábil, negociatas, fraude com valores mobiliários, operações fraudulentas de investimento e até apropriação indébita por parte de diretores executivos.

A corrupção é lucrativa também no âmbito da política americana. O atual governador da Flórida, Rick Scott, foi diretor executivo de uma grande empresa de saúde chamada Columbia/HCA. A empresa foi acusada de fraudar o governo por meio do superfaturamento de reembolsos e acabou se declarando culpada de 14 delitos graves, pagando por eles uma multa de US$ 1,7 bilhão. A investigação do FBI obrigou Scott a deixar o cargo. Mas, uma década depois de a empresa assumir a culpa, Scott está de volta, dessa vez apresentando-se como político republicano defensor do "livre mercado".
Quando o presidente Barack Obama precisou de alguém capaz de ajudar no socorro da indústria automobilística americana, ele se voltou para Steven Rattner, conhecida figura de Wall Street, apesar de saber que ele era investigado por oferecer propinas a funcionários do governo. Depois de concluir seu trabalho para a Casa Branca, Rattner concordou em pagar uma multa de alguns milhões de dólares e, com isso, encerrar o caso.
O ex-vice-presidente Dick Cheney chegou à Casa Branca depois de trabalhar como diretor executivo da Halliburton.      Durante o período em que Cheney esteve à frente da empresa, a Halliburton envolveu-se na oferta de propinas ilegais a funcionários do governo nigeriano, conseguindo com isso o acesso às reservas de petróleo do país - cujo valor é estimado em bilhões de dólares. Quando o governo da Nigéria acusou a Halliburton de suborno, a empresa preferiu chegar a um acordo fora dos tribunais, pagando uma multa de US$ 35 milhões. É claro que Cheney não sofreu nenhum tipo de consequência. A notícia quase não encontrou espaço na mídia americana.
A explosão da corrupção - nos EUA, na Europa, na China, Índia, África, Brasil e outros países - traz um conjunto de perguntas desafiadoras a respeito de suas causas e de como ela poderia ser controlada agora que atingiu proporções epidêmicas. A corrupção corporativa fugiu ao controle por dois motivos principais. Primeiro, as grandes empresas são agora multinacionais, enquanto os governos permanecem presos ao âmbito nacional. Segundo, as empresas são as principais financiadoras das campanhas políticas em países como os EUA, onde os próprios políticos, muitas vezes, estão entre os sócios delas, sendo, no mínimo, discretamente beneficiados pelos lucros corporativos. Cerca de metade dos congressistas americanos é composta por milionários e muitos deles mantêm laços com empresas antes mesmo de chegarem ao Congresso. Como resultado, os políticos, com frequência, ignoram as situações em que o comportamento corporativo ultrapassa os limites. O resultado é uma cultura da impunidade, com base na expectativa - amplamente confirmada - de que o crime compensa.
Levando-se em consideração a proximidade entre o dinheiro, o poder e a lei, o combate ao crime corporativo será uma luta árdua. Precisaremos de um novo tipo de político, na vanguarda de um outro tipo de campanha, que tenha como base a mídia online gratuita em lugar da mídia paga. Quando os políticos puderem se emancipar das doações corporativas, eles recuperarão sua capacidade de controlar os abusos corporativos.
Além disso, precisaremos iluminar os cantos mais sombrios das finanças internacionais, em especial lugares como as Ilhas Cayman e os bancos suíços mais suspeitos. Os casos de evasão fiscal, oferta de subornos, remessa ilegal de fundos, propinas e outras transações passam por essas contas. A riqueza, o poder e a ilegalidade possibilitados por esse sistema oculto têm agora dimensões tão vastas que chegam a ameaçar a legitimidade da economia global, especialmente no momento em que a desigualdade de renda e os déficits orçamentários atingem níveis sem precedentes, graças à incapacidade política - e, em alguns casos, até mesmo operacional - dos governos de obrigar os mais ricos a pagar impostos.
Assim, da próxima vez em que souber de um escândalo de corrupção na África ou em alguma outra região empobrecida, pergunte-se onde a fraude se originou e quem seriam os corruptores responsáveis. Os EUA e os demais países "avançados" não deveriam apontar o dedo acusador para os países mais pobres, pois os responsáveis pelos problemas costumam ser as mais poderosas empresas multinacionais.                                                               
* É PROFESSOR DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE COLUMBIA, DIRETOR DO EARTH INSTITUTE E CONSELHEIRO ESPECIAL DO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU PARA AS METAS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO