quarta-feira, 23 de maio de 2012


Por: Sophia Gebrim

A biodiversidade marinha foi celebrada este ano no Dia Internacional da Biodiversidade, comemorado na terça-feira (22/05). Como parte dos debates sobre riqueza dos mares, áreas costeiras e cuidados necessários para a preservação marinha, a Convenção sobre Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas (ONU) lançou on line em comemoração à data o livro "Um Oceano: muitos mundos de vida". A publicação destaca, ainda, o problema da acidez nos oceanos, o valor das reservas marinhas e o impacto humano.
Os oceanos cobrem cerca de 70% da área de superfície do planeta. "São águas que abrigam os maiores animais que já viveram na terra e também bilhões e bilhões de animais minúsculos", destaca o coordenador da Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Roberto Gallucci. Para ele, a biodiversidade marinha representa um inestimável patrimônio da humanidade com diversidade de espécies maior que a de ecossistemas terrestres.
Gallucci relata que o censo da vida marinha, realizado entre 2000 e 2010 por pesquisadores de mais de 80 países, revela números representativos a partir do estudo da água do mar superficial e profundamente. "Cientistas apontam que a estimativa do número de espécies marinhas conhecidas" as espécies que foram identificadas e as que foram documentadas, mas aguardam classificação"- tem aumentado como resultado direto dos esforços do censo, e agora está em torno de 250 mil", disse. Para ele, esses números apontam que tivemos avanços na área de pesquisa e conhecimento da biodiversidade, entretanto, não relevam a totalidade da biodiversidade que permanece desconhecida para a ciência.
VIDA E ALIMENTAÇÃO
As pessoas vivem próximas ao oceano e pescam há milhares de anos. Hoje, cerca de 40% da população mundial vivem a 100 km da costa, a pesca produz mais de 15% da dieta de proteína animal, toxinas produzidas por certas espécies podem auxiliar na produção de remédios contra o câncer e outros fármacos podem valem mais de US$ 5 trilhões (R$ 10 trilhões) e os ecossistemas costeiros produzem serviços ambientais como o turismo e a proteção de linha de costa contra tempestades, que valem cerca de US$ 26 bilhões (R$ 52 billhões).
No dia 17 de junho, está previsto ciclo de debates sobre biodiversidade na Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que acontece no Rio de Janeiro, de 13 a 23 de junho. Debates sobre biodiversidade aquática, impactos de hidrelétricas na biodiversidade aquática e integração da conservação da biodiversidade no planejamento hidroenergético estão programados. Além de discussões sobre conservação de ecossistemas marinhos, monitoramento de recifes de coral e pesca e os seus impactos.

fonte: meioambiente.gov.br

PEC do Trabalho Escravo

Apesar da insatisfação de deputados da bancada ruralista, a maioria dos partidos defendeu a aprovação da PEC do Trabalho Escravo (438/01) em Plenário. O líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), reconheceu que não foi possível chegar a um acordo ideal para a votação consensual do projeto.

O único partido que disse ser contrário ao texto é o PTB. O líder do partido, deputado Nelson Marquezelli (SP), manifestou descontentamento em relação ao texto.

Já o líder do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), minimizou a polêmica sobre uma lei posterior que defina o que é trabalho escravo e como se dará o processo de perda da propriedade previsto na PEC. "A nossa constituição garante segurança ao mundo do trabalho, o que permite que tenhamos orgulho dessa legislação", disse.

Outros líderes preferiram reforçar a necessidade de um ajuste do texto no Senado, para que a proposta seja vinculada a uma lei complementar posterior que garanta uma definição legal específica. "É imprescindível ouvir com atenção os argumentos daqueles que têm receio de insegurança jurídica", disse o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).



fonte: Câmara dos Deputados

terça-feira, 22 de maio de 2012

Greve dos Professores das Universidades Federais

RIO - Em assembleia realizada nesta terça-feira (22/Maio/2012), no auditório do Centro de Ciências da Saúde (CCS), os professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decidiram aderir à greve nacional convocada pela Associação Nacional de Docentes da Educação Superior (Andes). Estavam presentes 155 docentes, além de alunos e servidores. Apenas um votou contra a paralisação. Com a adesão da UFRJ, já são 43 as universidades federais em greve em todo o país. É a primeira vez em mais de 10 anos que os professores da instituição decidem entrar em greve. A última paralisação foi em 2001 e durou quatro meses. Professores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), da Universidade federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) também cruzaram os braços.
O presidente da Associação dos docentes da UFRJ (Adufrj), Mauro Iazi, acreditava na aprovação da greve mesmo antes da assembleia.
- Vivemos a contradição da expansão do ensino superior, sem recursos para acontecer. É preciso a regulamentação do plano de cargos, carreiras e salários, a reestruturação da carreira, a valorização do professor - disse.

A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Os professores também reivindicam melhorias nas condições precárias de trabalho, atribuídas à falta de estrutura nas universidades para atender ao aumento da oferta de vagas promovida através do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades (Reuni). De acordo com Aloisio Porto, do Comando de Greve da Andes, o atual plano de carreiras não permite um crescimento satisfatório do professor ao longo da carreira:

— Hoje para chegar no teto da carreira, o professor levaria quase 30 anos.

Para o dirigente sindical, foram feitas mais de dez reuniões com o Ministério do Planejamento para revisão dos planos, mas não houve avanço na negociação. Aloisio Porto acredita que a adesão da categoria ao movimento aumente nos próximos dias.

Além das 43 universidades, os professores do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica) de Minas Gerais, do IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais) e do Instituto Federal e Tecnológico do Sudeste de Minas Gerais também entraram em greve.

Em nota, o Ministério da Educação (MEC) informou que o plano de carreira de professores e funcionários deve ser aplicado somente em 2013. Segundo o MEC, as negociações salariais com a categoria começaram em agosto do ano passado, quando se acertou um reajuste de 4% - já garantido por medida provisória assinada no dia 11 de maio. O aumento será retroativo a março.

Confira as instituições que aderiram à greve:

1. CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica) de Minas Gerais
2. FURG (Universidade Federal do Rio Grande)
3. IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais)
4. IFPI (Instituto Federal do Piauí)
5. Instituto Federal e Tecnológico do Sudeste de Minas Gerais
6. UFAC (Universidade Federal do Acre)
7. UFAL (Universidade Federal de Alagoas)
8. UFCG (Universidade Federal de Campina Grande)
9. UFERSA (Universidade Federal do Semi-Árido) – Mossoró/RN
10. UFES (Universidade Federal do Espírito Santo)
11. UFG (Universidade Federal de Goiás) - Campus Catalão
12. UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora)
13. UFLA (Universidade Federal de Lavras)
14. UFAM (Universidade Federal do Amazonas)
15. UFMA (Universidade Federal do Maranhão)
16. UFF (Universidade Federal Fluminense)
17. UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso)
18. UFMT-RO (Universidade Federal do Mato Grosso/Rondonópolis)
19. UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto)
20. UFOPA (Universidade Federal do Oeste do Pará)
21. UFPA (Universidade Federal do Pará/Central)
22. UFPA (Universidade Federal do Pará/Marabá)
23. UFPB (Universidade Federal da Paraíba/Cajazeiras)
24. UFPB (Universidade Federal da Paraíba)
25. UFPB-PATOS (Universidade Federal da Paraíba/Patos)
26. UFPE (Universidade Federal de Pernambuco)
27. UFPI (Universidade Federal do Piauí)
28. UFPR (Universidade Federal do Paraná)
29. UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia)
30. UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)
31. UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)
32. Unir (Universidade Federal de Rondônia)
33. UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
34. UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
35. UFS (Universidade Federal de Sergipe)
36. UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rey)
37. UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro)
38. UFU (Universidade Federal de Uberlândia)
39. UFV (Universidade Federal de Viçosa)
40. UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri)
41. UnB (Universidade de Brasília)
42. Unifal (Universidade Federal de Alfenas)
43. Unifap (Universidade Federal do Amapá)
44. Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro)
45. Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco)
46. Unipampa (Universidade Federal do Pampa)
47.UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)


fonte: O Globo

Duto do Comperj,Uma farsa que continua

Para "inglês" ver...














Chovendo no molhado - Rio São Francisco


Morar ao lado do rio São Francisco deveria representar garantia de água para as comunidades ribeirinhas mesmo em época de seca no Nordeste. Mas não é essa a realidade das cidades banhadas pelo principal rio que corta o semiárido nordestino
O problema, segundo os sertanejos, está na fata de estrutura de abastecimento e quase completa ausência de projetos de irrigação.
Em Pão de Açúcar (AL), o calor de 40ºC em pleno mês de maio parece ferver o chão. Considerada pelos meteorologistas como uma das três cidades mais quentes do Nordeste, o município é um dos que decretou emergência pela estiagem e sofre com a morte do gado e perda de produção.
A menos de 500 metros do rio, comunidades rurais sofrem com a seca como se não houvesse uma imensidão de água ao lado. Tudo porque a água do rio nunca chegou até eles, que são obrigados a irem a pé ou em carros-de-boi buscar a água no Velho Chico.
Na fazenda Abaiti, a situação é crítica e há registro de morte de animais. “Não tem nem comida para os bichos, nem água para irrigar nada. Já perdi um animal por conta dessa seca, que nunca vi igual”, conta Luís Carlos dos Santos, 80, alegando que não recebe água de carros-pipa.
Segundo o produtor, por conta da falta de água às margens do São Francisco, a produção de leite de seu rebanho caiu pela metade. “Desde setembro não chove aqui. Tirava 200 litros de leite, agora só tiro cem. Para piorar, o preço de tudo subiu e estamos gastando mais. Não sei por quanto tempo vamos suportar essa situação.”
O pecuarista José Vicente Gomes, 68, também reclama da falta de estrutura. "Não tem comida para dar ao gado. Não adianta de nada o rio aqui do lado, sem água na torneira. Ninguém plantou nada esse ano pela seca.”
Revolta na Bahia
Em Glória (BA), os moradores se mostram revoltados com a situação. Na casa de Maria São Pedro não há abastecimento de água nem energia elétrica. “Aqui a gente acorda e vê esse rio cheio de água e vê o esquecimento em que vivemos. Nunca chegaram para trazer um copo de água desse rio pra a gente”, afirma a moradora, que vive a menos de 5 km do rio.
Para fazer a comida, Maria é obrigada a retirar madeira da caatinga para fazer o fogo. “Luz aqui, só a do lampião. Já cansei de ir pedir na prefeitura, na Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia) para que trouxessem a energia para cá, mas nada.”
Uma moradora que não quis se identificar dispara: “Eu quero que algum político venha aqui nessa eleição para ele ver. Só sabem vir aqui pedir voto, mas esse ano vou expulsar eles daqui na espingarda. Não vou votar em safado nenhum”. “Não digo meu nome, nem deixo tirar foto. Não muda nada, pra que vou deixar vocês virem aqui ganhar também nas costas da gente?”, reclama.
Para o engenheiro agrônomo Vilibaldo Pina de Albuquerque, o Nordeste é carente de projetos de sustentabilidade, o que faz com que os sertanejos sofram com a seca mesmo ao lado do rio. "Nossa região passou muito tempo sendo enganada pela classe política. Hoje ainda é enganada, embora menos. A solução para o Nordeste passa por irrigação e assistência técnica. Se o rio São Francisco, aqui do lado, pode abastecer as comunidades com a transposição por que não pode irrigar áreas do lado dele? O problema é que é muito discurso e pouca ação", afirma Albuquerque, que também é produtor e mora no sertão de Alagoas.
Ministério cita ações na região
Em nota, a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), do Ministério da Integração Nacional, informou ao UOL que mantém 25 perímetros de irrigação instalados ao longo do vale do São Francisco, que ocupam 139 mil hectares (cada hectare equivale a dez mil m²) de área irrigada. Seguindo a companhia, devido aos projetos, o sertão do Nordeste tem se destacado em produção de fruticultura. A nota não cita futuros investimentos na área.
Sobre o abastecimento da população ribeirinha, a Codevasf disse que existe um programa --o Programa de Revitalização das Bacias Hidrográficas do São Francisco e do Parnaíba-- que foi incorporado no "Água para Todos” e que já faz investimentos na região. Segundo a Codevasf, o objetivo é "levar água de boa qualidade à população residente em comunidades rurais localizadas até 15 km da calha do rio São Francisco".
Entre as ações realizadas nos últimos anos, e citadas pela Codevasf, estão a instalação de 302 poços, construção de 7.945 cisternas de placa e implantação de sistemas simplificados de tratamento e abastecimento de água em 410 comunidades rurais. Nessas ações, a companhia informou que investiu mais de R$ 310 milhões entre 2007 e 2011.
Obras de transposição abandonadas
O governo federal tem em andamento um ambicioso e bilionário projeto de transposição do São Francisco. A obra, iniciada em 2007 durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, contempla a construção de 720 quilômetros de canais para irrigar uma extensa região pobre e árida do Nordeste. Nos últimos anos, porém, o andamento do projeto estava quase paralisado.
Em fevereiro deste ano, a presidente Dilma Rousseff disse que o projeto de transposição passou por uma avaliação durante o primeiro ano do seu governo e que a "situação hoje é de retomada das obras".
Dilma visitou trechos do projeto em Pernambuco e Ceará no início de fevereiro, mas a visita ao município de Missão Velha (CE) foi retirada do roteiro porque as obras estavam abandonadas.
"A situação hoje é de retomada das obras, algumas já em ritmo normal e outras sendo reiniciadas em nove dos 14 lotes que compõem os eixos leste e norte. Entregaremos o trecho da captação no São Francisco até a Barragem de Areias, em Pernambuco, no final deste ano e outros quatro trechos até 2014. O último, no eixo norte, será entregue em 2015", afirmou.
De acordo com a presidente, ao longo de 2011, o Ministério da Integração Nacional teve o papel de renegociar os contratos do projeto e definir um modelo de monitoramento.
"Agora, queremos resultados e cumprimento dos prazos. Vou cobrar do ministro, que vai cobrar de todos os funcionários de seu ministério e todos nós, juntos, vamos cobrar das empresas privadas e do Exército, que estão executando as obras", afirmou a presidente, em referência ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.


Fonte: Carlos Madeiro, Do UOL, Com informações do Valor Online

Comissão da Verdade - Sindipetro-RJ

A TV Petroleira apresentará, na próxima quinta-feira, 24, às 19h, entrevista com o ex - Senador Geraldo Cândido, que fala sobre a luta pela anistia, reparação aos presos políticos e Comissão da Verdade

Cândido, que também foi perseguido durante a ditadura civil-militar de 64, é um dos articulares da Comissão da Verdade no Estado do Rio de Janeiro. Senador entre 1999 e 2003, foi fundador do PT e o primeiro presidente da CUT-RJ. Este ano comemorou 50 anos de militância, reunindo uma legião de amigos. Em respeito à memória e aos familiares, sobretudo dos mortos e desaparecidos, a luta pelo direito à verdade é hoje uma de suas principais preocupações.

O dirigente sindical Francisco Soriano também participa da entrevista que será exibida na TV Petroleira na próxima quinta-feira e, posteriormente, na TV Comunitária do Rio de Janeiro, em mais de uma apresentação, nos horários reservados ao sindicato. Soriano anunciou a criação da Comissão da Verdade no Sindipetro-RJ. Serão investigados os casos de perseguição, tortura e morte envolvendo petroleiros, nos difíceis anos de chumbo. Saiba mais, assistindo ao programa: aguarde!

Fonte: Agência Petroleira de Notícias

terça-feira, 15 de maio de 2012

Demissões em massa no COMPERJ

Petrobras rescinde contrato com a Delta e nova gestora demite 800

Estatal diz que rescisão 'foi motivada por baixo desempenho'.
Delta foi retirada de obras do Comperj com contratos de R$ 843,5 milhões.

A J&F, grupo que controla o JBS e que assumiu a gestão da gestão da Delta Construções, confirmou nesta terça-feira (15) que demitiu 800 funcionários após a decisão da Petrobras de rescindir contratos de R$ 843,5 milhões que mantinha com dois consórcios nos quais a construtora  participava e que eram responsáveis por obras no Complexo Petroquímico do rio de Janeiro (Comperj).

De acordo com reportagem publicada nesta terça-feira, no O Globo, os funcionários demitidos são 500 operários e 300 técnicos. Segundo o jornal, os consórcios terão que retirar as máquinas do Comperj a partir desta terça.
A Petrobras informou que os contratos foram rescindidos na última sexta-feira (11). "A rescisão foi motivada por baixo desempenho", afirmou a estatal, em nota. "A Petrobras está estudando a melhor solução para evitar impactos no cronograma do Comperj", acrescentou.

A empresa informou que os contratos cancelados era com os Consórcios Itaboraí-URE e Itaboraí-HDT, compostos pelas empresas Delta, TKK Engenharia Ltda e a Projectus Consultoria Ltda. "O contrato com o Consórcio Itaboraí-URE, no valor de R$ 532 milhões, foi celebrado para realização de serviços de construção e montagem da Unidade Industrial de Tratamento, Recuperação e Armazenamento de Enxofre. Já o contrato com o Consorcio Itaboraí–HDT, no valor de R$ 311,5 milhões, objetivava os serviços de construção e montagem da Unidade de Hidrotratamento de Nafta", informou a Petrobras.

Segundo a estatal, o contrato com a Delta na obra da Etapa 2 da reforma e modernização da Unidade de Tratamento de Águas Ácidas da Reduc, que se encerra em junho próximo, está mantido. De acordo com a reportagem do O Globo, o contrato foi assinado em 2009, no valor de R$ 129 milhões.

A Petrobras não informou se existem outros contratos assinados com a Delta.

Segundo a assessoria de imprensa da J&F, o grupo recebeu com surpresa a informação sobre a rescisão do contrato e vai apurar o que ocorreu para tomar providências. A holding informou também que manterá o esforço para tentar preservar os cerca de 30 mil empregos da Delta em obras em todo o país.

Transferência de gestão

 O executivo Humberto Junqueira Farias, 44, assumiu nesta segunda-feira (14) o cargo de presidente da Delta, após a J&F assumir a gestão da construtora. Pelo acordo de gestão fechado, a J&F terá direito de substituir toda a estrutura administrativa da Delta. De acordo com a companhia, uma auditoria será feita na construtora nos próximos meses pela KPMG e, a após os resultados, será tomada a decisão pela compra ou não da Delta.

Na sexta-feira, tanto o Planalto quanto a J&F negaram qualquer interferência do governo federal no processo de venda da Delta.

J&F

 A J&F engloba os negócios da família Batista, a mesma que controla o JBS, além da Eldorado Brasil, do setor de celulose; a Flora, empresa de produtos de limpeza; e o Banco Original, com foco em financiamento do agronegócio.

Em março deste ano, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles passou a ser o presidente do conselho da J&F. A família Batista mostrou nos últimos anos ser uma especialista em formar grandes companhias por meio de aquisições a baixo custo de empresas em dificuldades financeiras.

Denúncias

 Relatório da Polícia Federal apontou que Carlinhos Cachoeira passava informações sigilosas de licitações públicas para Claudio Dias Abreu, diretor afastado da Delta em Goiás. Áudios também apontam o envolvimento do ex-diretor da Delta Carlos Pacheco com o grupo. Fernando Cavendish, dono da construtora, foi citado em escutas, mas não conversa diretamente com Cachoeira. A PF diz que a Delta repassava dinheiro a empresas fantasmas controladas por Cachoeira.

Desde então, a empresa deixou obras nas quais participava em consórcio com outras empreiteiras e vem sofrendo pressão para abandonar empreendimentos estatais que toca sozinha. No último dia 25, a Delta divulgou um comunicado no qual a empresa assegurava que "continuará a cumprir seus contratos, obrigações e compromissos assumidos com seus fornecedores e clientes, com a habitual regularidade".

Poucos dias antes, no entanto, segundo notícias publicadas na mídia, a empresa deixou de fazer aportes no consórcio responsável pela reconstrução do Maracanã. No dia seguinte ao comunicado, a empresa deixava outro consórcio no Rio de Janeiro.

No final de abril, Cavendish anunciou sua saída do conselho de administração da empresa. Um antigo diretor da empresa deve ser chamado para prestar depoimento na CPI criada para investigar as denúncias contra Cachoeira e políticos, enquanto parlamentares ainda pressionam para que o novo presidente compareça à comissão.

fonte: g1.com

terça-feira, 8 de maio de 2012

TRABALHO ESCRAVO...

Câmara deve votar PEC do trabalho escravo
Proposta prevê expropriação de fazendas onde condições forem degradantes
O esquema de recrutamento de mão de obra barata no interior do Maranhão e outros lugares do país, que prospera em regiões economicamente estagnadas do estado, poderá sofrer amanhã um revés na Câmara dos Deputados. Embora reconheça que o quórum exigido (308 votos favoráveis) é elevado, o deputado maranhense Domingos Dutra (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, esperar aprovar a Proposta de Emenda Parlamentar (PEC) 438, que determina a expropriação ou encaminhamento à reforma agrária ou a uso social das propriedades onde for flagrado o trabalho escravo.
Nas cidades mais pobres do Maranhão, como Coroatá, Timbiras e Codó, na chamada região dos Cocais, funciona um movimentado sistema de agenciamento de trabalhadores baratos para as usinas de açúcar de São Paulo e para a construção civil em cidades desenvolvidas do Sudeste e Centro Oeste. Neste caso, apesar das condições severas de trabalho, os migrantes têm minimamente os direitos respeitados. A face mais cruel é a arregimentação de mão de obra para fazendas do próprio estado ou de estados vizinhos, onde os trabalhadores são submetidos a um sistema de semiescravidão, incluindo o constrangimento com o uso da violência.
De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), são escravizados a cada ano no Brasil cerca de 25 mil trabalhadores, muitos deles crianças e adolescentes. No mês passado, por exemplo, ação conjunta da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Maranhão, do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Federal flagrou condições degradantes na Fazenda Bonfim, zona rural de Codó. A propriedade pertence à Líder Agropecuária Ltda., empresa da família Figueiredo, e tem como sócio o deputado estadual Camilo de Lellis Carneiro Figueiredo (PSD-MA). Na fazenda, crianças e adultos bebiam a mesma água que o gado. Sete pessoas foram libertadas pelos fiscais.
Domingos Dutra explicou que a data de votação da PEC foi escolhida pela proximidade com 13 de maio, dia em que é celebrada a abolição da escravatura no Brasil. O projeto de emenda existe desde 1985 e foi votado em primeiro turno em 2004, quando obteve 326 votos a favor e dez contra. Domingos Dutra não teme resistência na bancada ruralista, apontada como principal foco de oposição.
- Não é possível que empresários sérios, que pagam seus impostos, estejam misturados com criminosos - disse o deputado.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias, com informações de MST e O Globo

REVISITANDO A HISTÓRIA.


Um dia de desagravo a Vargas, Jango e BrizolaImprimirE-mail

Publicada em 07/05/12 18:13  
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Por Saul Leblon

Em seu discurso de despedida do Senado, em dezembro de 1994, o presidente eleito Fernando Henrique Cardoso anunciou o fim da Era Vargas. Foi generosamente elogiado pelas corporações midiáticas, saudado pelos bancos, aplaudido pelo capital estrangeiro, incensado, enfim, pelo dinheiro grosso e seus áulicos de escrita fina.

Era preciso sedimentar o estigma maniqueísta para legitimar o projeto conservador. Foi o que se fez e ainda se faz. Não escapa ao observador atento a entrevista 'oportuna' de FHC à Folha esta semana para advertir a Presidenta em corajosa ofensiva contra os bancos para a redução dos juros."Vá devagar, não se brinca (sic) com o mercado financeiro", protestou o tucano. É coerente. Pelos quase dez anos seguintes seu governo negociaria barato o patrimônio público construído, na verdade, por décadas de lutas de toda a sociedade brasileira. A nova referência autossuficiente da economia, da sociedade e da história seriam os livres mercados --sobretudo o capital especulativo que não presta contas a ninguém.

Inclua-se nesse arremate a Vale do Rio Doce, mas também algo de incomensurável importância simbólica: a auto-estima da população, seu discernimento sobre quem tem o direito e a competência para comandar o destino de uma sociedade e do desenvolvimento. Entorpecida a golpes do tacape midiático, essa consciência seria desqualificada para a entronização dos 'mercados desregulados' como o portador autossuficiente do futuro e da eficiência. Em suma, era a vez do 'Brasil não caipira'.

Três vitórias seguidas do PT resumem o escrutínio da população sobre os resultados desse ciclo de desmonte da esfera pública, endividamento da Nação e depreciação da cidadania em dimensões profundas, talvez ainda não suficientemente avaliadas; por certo, não superadas em suas usinas realimentadoras.

Seria preciso, porém, uma crise capitalista igual ou pior que a de 1929 para sacudir de vez a inércia ideológica e o interdito histórico que recusavam admitir nas conquistas sociais e econômicas do ciclo iniciado em 2003, um fio de continuidade com tudo aquilo antes execrado e sepultado como anacrônico e populista.

Lula cutucou-os não poucas vezes; no fígado da intolerância histórica em certas ocasiões, como quando anunciou a autossuficiência do petróleo em 2006, e disse: "a seta do tempo não se quebrou". E o demonstraria na prática pouco depois, com a regulação soberana do pré-sal, fazendo das encomendas da Petrobrás uma alavanca industrializante capaz de fixar um novo divisor produtivo.

Conquistas acumuladas em décadas de luta pelo desenvolvimento seriam assim resgatadas de um reducionismo a-histórico, desmentido nos seus próprios termos pelo colapso planetário das premissas esfareladas na crise de 2008.

Coube nesta 5ª feira à Presidenta Dilma Rousseff acrescentar a essa espiral dialética um discurso pedagógico. Na cerimônia de posse do novo ministro do Trabalho, Brizola Neto, nomes e agendas que a soberba conservadora se propôs um dia a banir da história brasileira, retornaram com orgulho e reconhecimento à narrativa de um governo soberano que, desde 2003, com tropeços e hesitações, aos poucos se liberta daqueles que ainda evocam o direito de cercear o passo seguinte da história brasileira. Esse tempo acabou e Dilma,ontem, fez do seu réquiem um desagravo à história da luta pelo desenvolvimento. Palavras da Presidenta Dilma Rousseff:

"O desemprego no Brasil está hoje nos mais baixos patamares de nossa história - 6,5% em março. Trata-se de um contraste gritante(...) o mundo perdeu 50 milhões de vagas formais de emprego, pulverizadas pela crise econômica, por políticas de austeridade exagerada, pela redução de direitos e precarização da legislação trabalhista. Nós navegamos na contramão dessa tendência (...)

A partir do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, houve uma mudança (...) Nós mudamos a nossa forma de conceber o desenvolvimento e definimos um processo de desenvolvimento com inclusão social (...) Somente nesses últimos 15 meses do meu governo, nós geramos 2 milhões e 440 mil empregos formais (...)

É assim, muito significativa, a circunstância que traz ao cargo de ministro um jovem que representa, inclusive, no sobrenome Brizola, uma história de mais de meio século de lutas sociais, de defesa do interesse nacional e de conquistas de direitos por parte dos trabalhadores brasileiros. Não bastasse levar o sobrenome Brizola, o novo ministro do Trabalho carrega consigo a história do seu tio-avô João Goulart, ex-presidente da República. Em 1953 - vejam os senhores que coincidência -, também aos 34 anos, também jovem e determinado, Jango foi empossado ministro do Trabalho do governo democrático de Vargas. Foi Jango quem deu à pasta do Trabalho grande peso político e grande dimensão.

Assim, nomear como ministro do Trabalho e Emprego Carlos Daudt Brizola Neto reforça, em meu governo, é o reconhecimento da importância histórica do Trabalhismo na formação do nosso país" (Presidenta Dilma na posse do ministro do Trabalho, Brizola Neto)
 
Fonte: Blog das Frases, Carta Maior 

VETA DILMA.


Novo Código Florestal deve ser vetado por DilmaImprimirE-mail

Publicada em 08/05/12 16:31  
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Com a certeza de que a presidenta brasileira, Dilma Rousseff, vetará o novo Código Florestal, as análises giram hoje em torno de se a rejeição da mandatária será total ou parcial
 
Os pontos contrários ao esperado pelo Governo no texto, como a anistia aos desmatadores e a redução da zona de proteção de bosques nas margens de espelhos de água, nas áreas de preservação permanente, foram suficientes para assegurar que Dilma utilizará seu direito ao veto.

A segurança parte das próprias declarações da mandatária brasileira, que desde o início das discussões da proposta no Congresso Nacional, manifestou seu desacordo com o perdão aos desmatadores.

Integrantes do governo brasileiro e ambientalistas também expressaram sua rejeição às mudanças introduzidas na Câmera de Deputados ao texto anteriormente aprovado pelo Senado Federal.

No Senado Federal, o Executivo tinha conseguido passar um texto, ainda que não ideal, ao menos mais equilibrado quanto à preservação das florestas brasileiras, em particular a Amazônia, mas na Câmara do Deputados, a bancada ruralista conseguiu modificar a lei a seu favor.

Os ruralistas - que se aliam independentemente de filiações políticas- são os legisladores que estão a favor do agronegócio e da pecuária, ou aqueles que defendem os interesses das grandes empresas madeireiras.

Entregue ontem no Palácio de Planalto após ser assinado pelo presidente da Câmera de Deputados, Marco Maia, a presidenta tem agora até o próximo dia 25 para vetar total ou parcialmente a proposta, e apresentar um texto alternativo.

A campanha nacional pelo NÃO da presidenta ao novo Código Florestal leva por lema a frase: "Veta, Dilma". Com certeza o Brasil perderá seu prestígio de na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, sediada no Rio de Janeiro, caso as mudanças no Código Florestal sejam aprovadas.
 
Fonte: Alejandro Gomez, Prensa Latina - editado pela Agência Petroleira de Notícias 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

CONVOCAÇÃO CCM


CONVOCAÇÃO
CONSELHO COMUNITÁRIO DE MARICÁ
ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DIA 05/05/2012 (sábado)

Estamos convocando todas(os) as(os) representantes das entidades filiadas ao CCM, para participar da AGO do mês de maio para deliberar seguinte pauta:

1 - Agenda 21 Comunitária de Maricá;
2 - CCS-Maricá;
3 – COMCID;
4 – FAMMAR;
5 – CONCRECOMPERJ;
6 – APEDEMA;
7 - CAM; e
8 - Assuntos Gerais.    

Horário: 15:00h
Local: Sede do CCM
            Av. Roberto Silveira 166, sala 101 – em frente à Rodoviária de
            Maricá - Centro – Município de Maricá – RJ

Maria da Conceição Michiyo Koide
Coordenação Geral
Conselho Comunitário de Maricá