quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

"CHAMA UM LADRÃO.....CHAMA UM LADRÃO..."

Nota da CUT-RJ:
Aumento das barcas é tapa na cara dos trabalhadores

Nos anos 80 e 90, num quadro de um programa humorístico de sucesso na TV,um personagem boquiaberto com algumas notícias alarmantes tornou famoso obordão: “ não precisa explicar, eu só queria entender”. Pano rápido. Emjaneiro de 2012, os usuários das barcas também só querem entender qual éa mágica que faz com que uma concessionária que presta um péssimo serviçoà população acabe premiada com o maior aumento de tarifa de transportesdesde que a praga da privataria tucana avançou sobre o patrimônio públicofluminense e nacional.
A perplexidade é geral diante dos inacreditáveis 60,7% de reajuste da  tarifa da empresa Barcas S/A . Não custa lembrar que a inflaçãodo ano passado foi de pouco mais de 6%. O prêmio de consolação inventadopelo governo do estado, que consiste em subsidiar (tirar do erário epagar à concessionária) a tarifa dos portadores do bilhete único, cujovalor cairia para R$ 4,50, não torna, de forma alguma, menos absurda adecisão. Seria cômica, se não fosse trágica e debochada, a justificativa,que une governo e concessionária, para o reajuste astronômico : o sistemaopera com grave desequilíbrio econômico.
Alto lá. Até parece que a Barcas S/A não vem lucrando porque fezinvestimentos extraordinários para melhorar seus serviços, que comprouinúmeras lanchas novas, que investiu em pessoal, que se esmera emproporcionar cada vez mais segurança, que enfrenta concorrência. Nadadisso, muito pelo contrário. Com a conivência, no mínimo suspeita, daAgetransp, a agência reguladora que deveria zelar pelos interesses dapopulação, o serviço prestado pela concessionária virou sinônimo do quehá de pior, menos pontual, menos seguro e menos profissional .
Quem tem mais de 40 anos viveu os tempos da Codert, o órgão do estado quecuidava da travessia Rio-Niterói. Numa boa : alguém lembra de embarcaçõesà deriva na Baía de Guanabara naquela época ? Dá para comparar o númerode acidentes desse período com a triste sucessão de hoje em dia? E apontualidade? Pergunte para algum quarentão se ele se recorda de terchegado atrasado ao trabalho por conta de atraso dasembarcações?
O fato é que até a tradicional estátua do índio Araribóia, da estação dasbarcas em Niterói, sabe que o marco da degradação do serviço é o processode privatização das empresas públicas, tocado no Estado do Rio de Janeirode forma insana e de costas para o interesse público pelo governo tucanode Marcello Alencar, nos anos 90.
E pensar que a tarifa das barcas durante um bom tempo oscilava entre 60%e 70% do valor das passagens dos ônibus que circulam no município. Com omegarreajuste, previsto para vigorar a partir de março, as barcascustarão mais do que o dobro dos ônibus.
O bravo deputado estadual Gilberto Palmares, que presidiu uma CPI naAlerj sobre os descalabros da Barcas S/A, anuncia que vai cobrar arealização de auditoria externa e independente nas contas daconcessionária.
Claro que se trata de ótima iniciativa. Quanto mais cobrança e pressãopública, melhor. Mas o que o trabalhador e a trabalhadora continuam sementender é por que diabos, no Rio, a incompetência, o descaso e odesrespeito ao usuário são premiados com aumentos milionários de tarifa.O governo do estado deve explicações. E como deve!
Direção da Central Única dos Trabalhadores no Estado do Rio de Janeiro -CUT-RJ

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Enquanto isso a Agenda 21 Comperj discute Conchinhas e Cargos...

Seminário em Brasília discute impactos negativos do novo Código Florestal ImprimirE-mail

Publicada em 28/02/12 10:15
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A Frente Parlamentar Ambientalista e o Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável realizam hoje o seminário “Código Florestal: o Que Diz a Ciência”.

O evento reunirá pesquisadores e cientistas para discutir os impactos negativos da proposta do novo Código Florestal. O projeto que altera o Código Florestal (PL 1876/99) foi aprovado na Câmara no ano passado. Como o Senado modificou o texto aprovado pelos deputados, o texto será votado novamente pela Câmara neste ano.

Às 18 horas, será exibido o documentário “Toxic Amazônia”, dirigido por Bernardo Loyola e Felipe Milanez, sobre a investigação da morte dos ambientalistas José Claudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, ganhadores do prêmio da ONU Heróis da Floresta, assassinados em maio do ano passado, no Pará.

Também durante o evento, será encaminhada aos presentes uma petição pública em favor da imediata proteção de Laisa Sampaio, irmã de Maria do Espírito Santo e cunhada de José Cláudio, que vem recebendo ameaças de morte, da mesma forma como foram ameaçados sua irmã e seu cunhado, antes de efetivamente serem executados por causa de sua luta contra o desmatamento ilegal do assentamento onde viviam.

Perdas e ganhos

Na quarta-feira (29), a Frente Ambientalista promoverá café da manhã, às 8 horas, no 10º andar do anexo 4. Foram convidados o jornalista Leão Serva, que vai apresentar seu estudo “Perdas e Ganhos do Código Florestal”, e a doutora em Geografia pela Universidade de São Paulo Regina Celia Correa de Araújo, que vai falar sobre os custos socioambientais do agronegócio no Brasil.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Assunto de máxima relevancia ,tema fundamental da agenda ambiental é discutido em todo o Brasil;enquanto isso em Maricáos e proximidades a Petrobrás e seus cooptados discutem abobrinhas a benesses;VERGONHA !!!!

A Campeã Absoluta da Degradação Ambiental.

Os “buracos” milionários da Vale ImprimirE-mail

Publicada em 28/02/12 10:40
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A mineradora brasileira Vale foi eleita, dia 26 de janeiro, a pior corporação do mundo no Public Eye Awards, conhecido como o “Nobel” da vergonha corporativa mundial. Criado em 2000, o Public Eye é concedido anualmente à empresa vencedora – escolhida por voto popular em função de problemas ambientais, sociais e trabalhistas. A empresa foi denunciada por provocar, da Serra de Carajás, no sul paraense, ao porto de Itaqui, em São Luís, no Maranhão, devastação ambiental, trabalho escravo na cadeia de produção do aço, exploração sexual infantil, além da invasão de terras indígenas, quilombolas e camponesas.

Em entrevista ao Brasil de Fato, Darci Lermen, prefeito de Parauapebas (PA) pelo PT e recorrente questionador da atuação da mineradora na região, fala sobre seus enfrentamentos com a empresa. Lermen, que cumpre o último ano de seu segundo mandato, questiona o que caracteriza como “monólogo de dois lados” e denuncia um débito de até R$ 800 milhões por parte da empresa para com o município. Segundo ele, os “ovos de ouro” dessa galinha não estão nas mãos da população atingida pela atividade de mineração.

Você encerra este ano o seu segundo mandato como prefeito de Parauapebas. Que balanço você faz da atuação da Vale na região?


Nossa cidade surgiu muito em função do Projeto Carajás. Inicialmente criou-se um grande apartheid nessa relação Carajás-Parauapebas. Havia uma separação muito grande entre os dois núcleos, em que um era o núcleo dos ricos e o outro, dos pobres, das prostitutas, dos garimpeiros. Depois é que viemos nos transformar na cidade de Parauapebas. Fato é que sempre houve um distanciamento muito grande da Vale com relação às comunidades no Pará. É uma empresa admirada por muita gente, mas também tem o lado a ser denunciado, o de que ela tem praticado atos que não podem ocorrer, como implantar certas atividades na região sem ao menos comunicar as comunidades, mesmo a legislação não permitindo isso.

E qual tem sido o papel dos órgãos estaduais e federais, que têm atribuições de fiscalizar as ações da empresa, sobretudo as que causam danos aos trabalhadores, às comunidades e ao meio ambiente?


Diversos órgãos federais têm multado a Vale, além da própria Justiça do Trabalho. Ela foi condenada a não sei quantos milhões nessa área trabalhista. Na questão do meio ambiente, ela tem sido multada de forma recorrente. O problema todo é que eles têm bons advogados, grandes escritórios que trabalham para ela, e estão confiantes de que nada vai acontecer. Nós, a prefeitura, já os acionamos de tudo quanto é forma, a ponto de já termos pedido há um tempo a “caducidade” (perda de um direito do titular sobre algo devido a uma renúncia, inércia, fatos ou decisão judicial), uma vez que a Vale não estava nem respondendo aquilo que o Ministério das Minas e Energia, através do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) solicitava pra ela.

Caducidade em relação a que?

Em relação ao Projeto Carajás. Que ela perderia a concessão do Projeto Carajás, inclusive isso foi assinado pelo DNPM, em Belém (PA). Mas em Brasília isso foi revertido no final, não sei por que meios.

Quando foi isso?

Foi no ano passado. O processo de caducidade cabe nesse caso. De repente pode até não ser o que todo mundo quer. Ninguém quer tirar o Projeto Carajás da Vale, mas queremos que eles se aproximem mais do nosso povo, que respeitem o meio ambiente, que facilitem uma maior inserção da sociedade no projeto efetivamente.

O ex-presidente da empresa, Roger Agnelli, fez uma denúncia séria contra você?

Foi uma carta escrita por ele a Dilma. Ele nos acusou que tinha passado R$ 700 milhões e que não tínhamos feito nada. Ele é um grande desinformado. Na área de educação, por exemplo, nossas salas de aula hoje estão todas climatizadas, professores e alunos, todos terão notebooks; quadros digitais na sala de aula a partir de maio; quadras cobertas, tudo isso a ponto de termos a melhor educação do Estado do Pará, o melhor Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do Pará. Temos obrigação de fazer isso pelo recurso que temos. Não é nada demais, nós aplicamos o recurso. Além disso, estamos terminando de construir o hospital, que fica pronto em maio, que será o maior e mais bem equipado do Estado. Na agricultura, se você observar os assentamentos, por exemplo, só com as associações dos assentados eu assinei convênios no valor de R$ 8 milhões, só contando a parte da mecanização. Fora saúde, educação, transporte. A desinformação dele (Roger Agnelli) é fruto e o sinal mais claro e evidente da distância que a Vale tem em relação a Parauapebas, do que é a empresa e do que é o povo.

Mas ele conseguiu te atingir politicamente?

Sim, ele conseguiu.

Essa questão tem relação com o plebiscito do Pará?


Ali a briga foi quase pessoal. Porque institucional não foi. Foi uma briga muito pessoal que acabou tendo contornos grandes e por conta disso teve uma investigação muito grande na prefeitura, no Tribunal de Contas. Mas graças a Deus nós temos uma contabilidade muito bem arrumada, tranquila. E hoje tudo é transparente, está na internet, então não tem porque desconfiar disso. Agora, se ele dissesse os milhões que está devendo ao município… Ele devia fazer isso, ao invés de acusar um ou outro prefeito. Por que não falam da dívida deles? Dos royalties? Isso sim é roubo. É o que eles fazem e não é só conosco, mas com todos os municípios onde estão inseridos. São bilhões e bilhões que a Vale se adunou. Dizem: é a maior empresa mineradora do mundo. Claro! Lucram em cima das populações atingidas! A prefeitura de Parauapebas junto ao DNPM fez um convênio para poder fiscalizar a Vale, e achamos vários “buracos”. O primeiro é que nós fizemos uma avaliação para comparar o preço que ela pratica no porto de Itaqui (Maranhão), que é o preço “FOB” (Free on Board). Significa o preço que ela paga pelo minério livre do frete lá no Porto de Itaqui. Cruzamos isso com o balanço patrimonial dela na Receita Federal com os boletos da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Federais, o royalty) e vimos que havia uma grande diferença. Só ali achamos uma diferença de R$ 400 a R$ 500 milhões. Por que o que ela faz? Ela tem duas empresas, uma nas Ilhas Cayman (Vale Over seas), e a outra, que é a Vale International, na Suíça. Por meio dessas empresas, ela vende a ela mesma para majorar os preços lá fora. Essa é uma prática que tem gente que diz que é correta, mas a nosso ver é uma tremenda sacanagem que fazem com o nosso estado.

Mas isso é legal?


Até pode ser, mas é de uma imoralidade muito grande, principalmente para um estado pobre como o nosso. Outra diferença grande que encontramos foi na composição da CFEM. Na fiscalização percebemos que eles [Vale] estavam contabilizando como frete toda a movimentação dentro da mina. Essa movimentação interna na mina é custo de produção e não de frete. Para compor os 2% do CFEM, pode-se se descontar de PIS, PASEP, COFINS e desconta também o frete. Mas essa movimentação interna não é frete, é custo de produção. Então, já há depositado em juízo R$ 800 milhões no que se relaciona a esses dois eixos (preços majorados a partir de suas empresas no exterior e contabilização do frete). Ainda existem problemas menores em relação ao manganês, ao ferro. A esses processos cabem recurso da Vale, mas estão sob júdice. Então, quando nos acusam, era só chegar no município e olhar. Poderia ter percebido que a cada 80 dias temos que construir uma escola nova, de 12 e 16 salas por conta da migração. Quando assumi o município havia pouco mais de 80 mil habitantes, hoje temos em torno de 200 mil.

E por conta dessa migração impulsionada pela mineradora, há recorrentes problemas com drogas, exploração sexual infantil. Como a prefeitura e outros órgãos públicos têm agido?

Nós estamos agindo com nossos recursos próprios. Há programas na área da saúde que são federais, na área da assistência social também. Mas temos programas com recursos próprios, como o trabalho com os alcoólatras que vivem na rua. Fizemos um programa grande chamado Êxodo. Recolhemos as pessoas na rua, concedemos alimentação, banho, e depois proporciona-se a elas o trabalho. E isso tem dado resultado numa certa medida.

E as constantes denúncias da exploração sexual de menores na Vila Sansão (que fica a 70 quilômetros de Parauapebas) por parte de trabalhadores da Vale?

É muito duro isso. Temos atuado fortemente por meio do Conselho Tutelar e junto com o Conselho Municipal de Assistência Social, Polícia Militar, Polícia Civil, no sentido de coibir isso ou de, na pior das hipóteses, dar uma boa orientação àquelas meninas. Algumas são de lá, mas grande parte vem de fora, trazidas de outros lugares, e, nesse caso, é mais prostituição que exploração sexual. São as duas coisas juntas, que é uma chaga terrível. São custos que não se vê saindo dos cofres.

Murilo Ferreira assumiu a presidência da mineradora no lugar de Roger Agnelli. O que significou essa troca? Existe mais diálogo com a prefeitura e as comunidades?


Tenho percebido que a empresa está dialogando, por exemplo, com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e outras organizações lá do município. Há um diálogo. Mas o principal é que esse diálogo não pode ser um monólogo de dois lados. E, para isso, é preciso ter sinceridade. E ainda hoje eu tenho dúvidas disso. Não sei se a Vale está fazendo isso de forma sincera. Não basta prosear. Precisamos resolver um monte de problemas, seja nos assentamentos, nas cidades, onde a mineração está. Esses problemas, para serem equacionados, é algo grandioso. Essa disposição da Vale parte muito em função de que os movimentos sociais são consequentes. Temos que ser irredutíveis na luta por conquistas. Existe um trem saindo todos os dias, de 12 a 15 vezes por dia, levando 300 vagões e cada vagão carregando quase 100 toneladas de minério, levando embora todo o dinheiro da região, e você continua na pobreza? É para qualquer um se perguntar.

Essa é a principal pauta das comunidades e movimentos da região? Que a riqueza seja revertida em benefícios à população?


Só tem sentido esses recursos ficarem no município se for para beneficiar as famílias, em diversos âmbitos, na saúde, educação. Não adiante ter recursos se não for pra isso.

Com o seu mandato chegando ao fim, qual a sua preocupação nessa relação da Vale com o município?


É fundamental que a sucessão siga nessa luta. Quero ressaltar que nós não queremos destruir a galinha dos ovos de ouro. Mas queremos participar mais dessa riqueza produzida em nossos municípios. Nosso povo tem o direito. Ainda dizem que vão construir uma siderúrgica em Marabá. Onde estão os investimentos? Até agora, o que se aumentou foram só os buracos.
Fonte: Brasil de Fato e Observatório do Pré-Sal (www.observatoriodopresal.com.br)
Foto: Cláudio Santos, Agência Pará

Operários terceirizados estão em greve no Comperj


Os trabalhadores dos diversos consócios de empresas que compõem a construção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro – o COMPERJ, a segunda maior refinaria de petróleo do país, em Itaboraí, estão com as suas atividades paralisadas, por decisão da assembleia realizada na última terça (14/02), às 07 horas, com a presença de mais 12 mil trabalhadores

A paralisação, segundo os trabalhadores e o sindicato da construção civil, vai servir pela última vez de alerta. Para o sindicato, “idênticas mobilizações de advertências no local de trabalho já foram dadas sem que os trabalhadores tenham sidos ouvidos”.

O Sindipetro-RJ, muito atento, tem acompanhado as mobilizações prestando solidariedade aos companheiros em geral.

A paralisação é por tempo indeterminado, com assembleias pré-agendadas para os dias 23/02 e 28/02, sendo que a primeira só ocorrerá, caso as empresas consociadas não venham cumprir com o pagamento da PLR, que está previsto para o dia 20/02. Quanto à segunda data, esta terá a sua realização impreterivelmente, em independente da resposta da Pauta Reivindicatória.

Os trabalhadores do COMPERJ exigem:

- Incorporação aos salários do abono de R$ 160,00;
- Aumento salarial de 18%;
- Acrescentar mais funções na relação de salários;
- Maior valorização de algumas funções;
- 02 (duas) horas extras intíneres diárias; “fome zero” (tíquete) de R$ 390,00 sem teto salarial;
- PLR sem teto salarial;
- Folga de campo a cada 60 dias com passagem de (ida e volta), tendo 05 (cinco) dias para os trabalhadores com moradia acima de 1.000 Km de distância e de 03 (três) dias para os de origem entre 250 Km e 1.000 Km independente dele estar alojado ou não.
 
A contra-proposta dos patrões inclui:

- Excluir o abono mensal dos salários, significando acabar de vez com o abono;
- Aumento de 8,5% com variação de algumas funções até 13,48%;
- O acréscimo acrescentar algumas funções;
- Concordam em valorizar algumas funções acima de 8,5% em 10%, 11% chegando no máximo em 13,48%; Nada de horas intíneres;
- Reajuste no “fome zero” de apenas 8,5%, que passaria para R$ 228,00, mantendo o aumento do teto de salário do encarregado;
- PLR com o mesmo teto limitado ao salário do encarregado, hoje em torno de R$ 3.200,00;
- Folga de campo a cada 90 (noventa) dias com passagem (ida e volta) com o critério: 05 (cinco) dias para os trabalhadores com moradia acima de 1.000 Km de distância e de 03 (três) dias para os de origem entre 500 Km e 1.000 Km, mas somente para os alojados. Os trabalhadores que moram em grupos ou independentes por alugueis próprios, vindos de outros estados estarão excluídos dessa obtenção de direito.

No meio da luta política, outras reivindicações aparecem:

- Críticas ao mal condicionamento dos trabalhadores e o descumprimento do ACT em vigor.
- O não pagamento do Adicional por Transferência (quando o trabalhador vem de um outro estado fichado pela mesma empresa) para exercer função de trabalho no COMPERJ. Para este trabalhador só lhe é concedido o alojamento porcamente;
- E a luta contra o baixo piso salarial de grande parte de profissionais.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias

GREVE NO PORTO DO AÇU


Cerca de 1.500 funcionários que trabalham na construção do Porto do Açu, empreendimento do bilionário Eike Batista em São João da Barra (RJ), iniciaram na segunda-feira (27) uma paralisação, segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Imobiliários do Norte Fluminense.
De acordo com o presidente do sindicato, José Carlos Eulálio, os operários reclamam da falta de segurança no local e exigem o pagamento das horas referentes ao deslocamento de casa para o trabalho, além da equiparação com os salários pagos aos funcionários da obra do Porto Sudeste, da MMX, empresa também controlada por Eike. Em 2011, os trabalhadores já haviam parado para exigir melhores condições de trabalho.
Os trabalhadores também reclamam da qualidade da alimentação e da carga horária, e pedem uma melhor compensação para as jornadas de trabalho de fim de semana.
O diretor de finanças do sindicato, Aílton dos Santos, informou ao G1 que uma reunião já foi realizada nesta terça-feira com representantes da empresa, dos trabalhadores e do Ministério Público do Trabalho, "sem avanços". Uma nova reunião está marcada para a manhã desta quarta-feira (29), na sede do sindicato, em Campos.

"A princípio, todos voltam ao trabalho amanhã. Mas se não tiver acordo, vamos iniciar uma paralisação geral a partir do dia 1º", disse Santos.
A LLX, empresa de logística de Eike Batista, informou que não houve paralisação total da obra e que está acompanhando as negociações entre o consórcio ARG Civil Port, empresa responsável pela construção do estaleiro e do terminal de minério de ferro do porto, e os trabalhadores.
Em nota, a empresa confirmou que um grupo de funcionários faz uma manifestação desde a manhã de segunda-feira, mantendo fechada a estrada de acesso ao Porto do Açu.
"A LLX e a OSX cumprem rigorosamente todas as normas e determinações da legislação brasileira e exigem em contrato o mesmo padrão de seus parceiros", informou o grupo.
Segundo a companhia, ao todo, são 4,5 mil operários trabalhando nas obras. Destes, 1,5 mil não conseguiram chegar ontem na obra e cerca de 3 mil operários seguem trabalhando normalmente. A LLX informou ainda que não há atrasos previstos no cronograma e que a previsão é que o superporto comece a operar no segundo semestre de 2013.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

ABRINDO UM BOM DEBATE.

Cúpula dos Povos: contraposição ao discurso da Rio+20

Por Luiz Felipe Albuquerque

Em paralelo à Conferência da Rio+20, acontece na cidade do Rio de Janeiro a Cúpula dos Povos, entre os dias 15 a 23 de junho.
O evento que reunirá diversos povos das mais variadas partes do mundo, organizações, entidades, movimentos sociais, centrais sindicais, etc, pretende debater e desmascarar as atuais soluções que estão sendo propostas e discutidas pelas nações e pelo mercado em relação aos problemas ambientais.
O tema central que permeia o debate da Rio+20 foca-se na chamada “economia verde”, classificada pelas organizações críticas a tais propostas como “falsas soluções”.
Nesse sentido, Marcelo Durão, da Via Campesina Brasil, discute sobre as perspectivas em torno da Conferência, o que está por trás do conceito de “economia verde”, além de explicar o que será e o que pretende a Cúpula dos Povos.
Confira a entrevista:
O que a Via Campesina espera da Conferência da Rio+20?
A Rio+20 é o processo oficial de uma reflexão dos acordos internacionais que saíram da Eco 92 sobre desertificação, biodiversidade, mudanças climáticas, etc. Originalmente, a Rio+20 tinha como proposta a reunião das nações para que se fizesse uma reflexão e avaliação sobre os acordos que foram sendo construídos nos últimos períodos, como o Protocolo de Kyoto, a Agenda 21, as Convenções das Partes (COPs). Num primeiro momento seria isso, foi até uma proposta do Lula em 2007.
No entanto, a proposta de se fazer uma avaliação e reflexão para se pensar novos acordos coletivos – é importante ressaltar que a intenção, no primeiro momento, é que fossem feitos acordos coletivos – se perdeu. Agora (na Rio+20), trata-se de fazer acordos individuais, em que cada nação faria a sua relação com o meio ambiente da forma que melhor lhe coubesse.
Como tivemos uma grande crise do capitalismo, esses acordos irão visar mudanças nas leis trabalhistas e ambientais para facilitarem a acumulação e a centralização de riquezas. Ou seja, o capitalismo e as grandes nações se voltam para o acúmulo de capital a partir do meio ambiente, e aí a necessidade de mudar Código Florestal, por exemplo. E não é só no Brasil que a legislação ambientalista está sendo alterada, mas em diversos outros países onde ainda tem grandes reservas de natureza.
O foco principal fica nisso. O que se percebe e o que se espera para Rio+20 é de que as nações farão grandes acordos individuais, com as soluções vindas por dentro do mercado, o que chamamos de falsas soluções.
O debate que está colocado em torno da discussão sobre o meio ambiente é a “economia verde”. O que seria de fato essa “economia verde” e no que ela implica?
Em reposta aos diversos problemas sócio-ambientais que está acontecendo no mundo capitalista, as grandes corporações se utilizam do debate de um capitalismo e uma economia verde. Seriam soluções, entre aspas, com preservação ambiental, respeito maior a natureza, mas tudo por dentro do capitalismo real, concreto, selvagem. Dialoga muito com o tal do desenvolvimento sustentável.
Mas isso não passa de uma artimanha do capitalismo para se travestir de verde e continuar acumulando e centralizando riquezas. Por exemplo, uma grande empresa multinacional destina uma parte de seu recurso à compra de créditos de carbono, ou promove uma formação em uma comunidade sobre educação ambiental, sem deixar de continuar poluindo.
Ou o fato de uma única empresa ser dona de Cataventos, como fonte de energia a partir do vento, mas todo mundo que quiser esse tipo de energia terá que se subordinar a essa única empresa. Ou seja, são soluções que vêm por dentro do mercado e que se dizem soluções ecológicas. Isso é uma balela. É o capitalismo se voltando para a natureza.
Outro exemplo: a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) nunca acreditou na agroecologia. Há poucos anos atrás, porém, foram feitos vários documentos pela FAO falando sobre a agroecologia. Mas os documentos não pautam uma mudança radical e estrutural no uso de agrotóxicos, da monocultura, ficando só num debate muito frágil e superficial.
O conceito “Economia Verde” é apenas uma forma de desviar o debate e o foco principal, que é o próprio capitalismo. A política do REED (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação), sequestro de carbono, etanol, etc, é que são as falsas soluções. São soluções que vêm por dentro do mercado e sabemos que o mercado centraliza e acumula riqueza nas mãos de poucas empresas e nações.
E como estamos vivendo um momento novo do capitalismo, em que as corporações são os que coordenam o mundo, são mais ricas que as nações, estas ficam reféns das corporações.

Em paralelo à Rio+20, acontecerá a Cúpula dos Povos. O que será essa Cúpula e o que se pretende com ela?
A partir do que estamos identificando dessa reunião dos chefes de estado na Rio+20, diversas organizações , organizadas em redes nacionais e internacionais, como a Via Campesina, estão propondo um espaço alternativo, para contrapor esse debate.
É necessario mostrar ao mundo que existem debates sendo feito, soluções concretas e que não há necessidade de apostar no neodesenvolvimentismo, nesse desenvolvimento para cima da natureza visando dar soluções à sociedade atual.
A ideia é mostrar e fazer um debate: o que nos está afetando globalmente, afetando os povos, o que está acontecendo, como mudança climática, desemprego, degradação ambiental, saúde educação? A ideia da Cúpula dos Povos é fazer uma grande mostra a partir dos próprios povos e demonstrar que não há necessidade de grandes empresas continuarem acumulando e privatizando a riqueza.
Diversos povos, campesinos, quilombolas, sindicatos, organizações que já fazem concretamente uma proposta de sociedade diferente do que está colocada - e que socializa a relação com a natureza, a riqueza, gera trabalho – estarão reunidas nesse espaço.
Serão feitos debates sobre o que nos afeta e apresentar o que os povos já estão fazendo. Por exemplo, a semente da Bionatur, as relações com que índios e pequenos agricultores desenvolvem com a água, o meio ambiento, etc.
A Cúpula dos Povos acontecerá no Aterro do Flamengo, no mesmo período da Rio+20. Estaremos enquanto povos globalmente reunidos. Só a Via Campesina está na expectativa de trazer cerca de 2 mil pessoas para fazermos um grande acampamento e, junto com as outras diversas organizações, faremos mobilizações na rua e debates para se pensar um outro modelo de desenvolvimento, outra maneira do ser humano se relacionar com ele mesmo e com a natureza.
E quais são as propostas para um novo modelo de produção?
As alternativas já vêm acontecendo. O que temos dificuldade é de potencializar e explicitar essas experiências que já se realizam globalmente. Diversas pautas que vem sendo colocada para o mundo enquanto alternativas já são coisas concretas ou discutidas por vários povos, comunidades, movimentos sociais.
Por exemplo, o grande problema dos centros urbanos, com grande quantidade de pessoas vivendo num mesmo espaço, a dificuldade de emprego, educação, saúde e todo caos que isso provoca tem uma solução: descentralizar essas pessoas. E uma maneira de fazer isso é uma pauta antiga: a Reforma Agrária.
A pequena agricultura e o seu modo de se trabalhar, visando a não utilização de agrotóxicos por meio da agroecologia, já é outra relação com a natureza.
As sementes da Bionatur, sem que tenha uma ou duas empresas controlando a produção de sementes que visam somente o comércio e a centralização de riquezas, também é outra maneira de se pensar. Apropria-se de uma técnica e a dissemina. A Bionatur contribui com o debate e a formação de qualquer comunidade que queira aprender como produzir sementes crioulas.
Em março, vamos para Moçambique para fazer uma grande capacitação dos agricultores para ensinar técnicas de se produzir a própria semente.
O modo de apropriação de terras dos quilombolas, cujo uso e posse é coletiva, sem que haja lote individual, o debate de energia feito pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o trabalho de forma cooperada, as agroindústrias nas regiões de produção... Isso tudo são alternativas concretas e que colocamos para outra modelo de sociedade.
Repensar o modelo de desenvolvimento é muito importante nesse período. Estamos numa encruzilhada do capitalismo e se ele conseguir se reestruturar sobre o meio ambiente e sobre os trabalhadores, a partir dessas mudanças que estão acontecendo nas leis ambientais e trabalhistas em várias partes do mundo, ele conseguirá ganhar mais força e seremos muito mais massacrados por outro longo período.
Por isso que temos que nos organizar, colocar o povo na rua, criar unidade na luta e construir e socializar cada vez mais essas experiências que já vem acontecendo a partir dos povos.
Fonte: MST

BOMBEIROS LIBERTADOS.

Último bombeiro preso do movimento grevista no Rio de Janeiro é solto

O cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo foi solto na tarde de hoje (24), após ser beneficiado por um habeas corpus que revogou o pedido de prisão preventiva decretada pela Auditoria Militar do estado. Daciolo foi preso no dia 8 de fevereiro, quando voltava de Salvador, acusado de incitamento de greve da corporação do Rio de Janeiro
Ele estava preso no Grupamento Especial Prisional, em São Cristóvão.
“Eu quero agradecer primeiramente a Deus. Nós somos homens de bem, de família, querendo o bem de uma instituição maravilhosa. A verdade toda será revelada. A minha luta é pela dignidade”, disse Daciolo.
Segundo o advogado de Daciolo, Raul Lins e Silva, um erro de digitação no alvará de soltura fez com que o cabo continuasse preso desde domingo (19), quando todos os demais líderes foram soltos. “Essa prisão foi totalmente desproporcional. Você não pode manter bombeiros militares em presídios de segurança máxima sob um regime disciplinar diferenciado”.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

NÃO AS PRIVATIZAÇÕES.

Manifesto do Sindipetro-RJ ao povo brasileiro:
"Contra a privatização dos aeroportos!"

O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro repudia veementemente a privatização dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas. Juntos, esses aeroportos detêm 70% do faturamento da Infraero
A privatização inviabiliza todo o sistema de funcionamento da estatal. Só a rentabilidade de Cumbica, em Guarulhos, mantinha 12 aeroportos deficitários.
Antes das privatizações, a rede Infraero era composta de 67 aeroportos, 83 grupamentos de navegação aérea, diversos terminais de carga, tudo sem aporte do governo. A pergunta que não quer calar é: agora que os aeroportos mais lucrativos começam a ser privatizados, de onde sairão os recursos para manter os deficitários - da Educação? Saúde? Previdência Social? Habitação? Segurança?
Inviabilizado o atual sistema – que não teria mais como se manter sem aporte de novos recursos – como serão administrados os aeroportos dos estados menores da federação e os de áreas de difícil acesso e fronteiras?
Pois saiba: quem vai sustentar toda essa negociata é você, povo brasileiro, através do BNDES. Os consórcios vencedores nos leilões já consumados em Brasília, Guarulhos e Campinas poderão recorrer ao banco estatal para financiar em 80% as prometidas obras de ampliação e reforma!
Mas se a estatal tem dinheiro para bancar empresas estrangeiras, interessadas unicamente em seus próprios lucros, por que não poderia aplicar esses mesmos recursos na Infraero?
Outra pergunta: como explicar o grande aporte de recursos dos fundos de pensão no consórcio Invepar, que arrematou Cumbica? No que diz respeito à Petros, os conselheiros eleitos pelos trabalhadores, tanto para o Conselho Fiscal quanto para o Conselho Deliberativo, não foram sequer consultados!
Gravíssima, ainda, é a questão da segurança nacional. Sobretudo depois da descoberta de petróleo na região do pré-sal, o Brasil se tornou mais vulnerável a invasões, o que acentua o caráter estratégico dos aeroportos. A presença da 4º Frota nas costas brasileiras deveria servir de alerta. É por razões estratégicas que 85% dos aeroportos, no mundo, são estatais. No entanto, em lugar de investir na proteção do território, abrem-se as áreas estratégicas do país para empresas estrangeiras, o que é inexplicável e inaceitável.
No mundo, entre os 15% aeroportos privatizados há grandes problemas. O de Ezeiza, em Buenos Aires, na Argentina, é administrado pela Corporação América, a mesma empresa que ganhou a
concessão em Brasília. Lá, a concessionária não fez nenhum dos investimentos prometidos e os problemas são gritantes.
Qualquer passageiro que aterrize em Ezeiza poderá comprovar. Entre os problemas mais visíveis estão os constantes atrasos nos voos, informações contraditórias passadas aos passageiros, tumulto, calor intenso nos meses de verão e a falta de espaço físico. Mas não é só:
As companhias de seguro das aeronaves, depois da privatização, começaram a cobrar mais caro em Ezeiza, onde o risco de acidentes no pouso de grandes aeronaves ( a exemplo do 747-777 e do 767-400), que seguiam de São Paulo (Guarulhos) para Buenos Aires (Ezeiza) aumentou no país vizinho, em consequência da falta de investimentos, como assegura o Sindicato Nacional dos Aeroviários.
Por estes e outros motivos igualmente relevantes conclamamos o povo brasileiro a se mobilizar. Os próximos da lista são: o Aeroporto Tom Jobim, na base do Galeão, o no Rio de Janeiro; o Salgado Filho, em Porto Alegre; o Tancredo Neves (Confins), em Belo Horizonte; e o Luiz Eduardo Magalhães, em Salvador.
A população não pode assistir impassível à entrega do patrimônio nacional. Essas negociatas estão em contradição com os compromissos assumidos durante a campanha eleitoral pela Presidenta Dilma.
O povo brasileiro exige que a Presidenta Dilma reveja essas privatizações que se consubstanciam em crime de lesa-pátria! Não existe pátria sem patrimônio!
Todos em defesa da soberania nacional!

Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro/Sindipetro-RJ
Rio, 23 de fevereiro de 2012.
Fonte: Sindipetro-RJ, Agência Petroleira de Notícias


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

MORTANDADE DE PEIXES,VERGONHA EM MARICÁ......


MAIS UMA VEZ ASSISTIMOS HORRORIZADA A MORTANDADE SAZONAL DE PEIXES NAS LAGOAS DE MARICÁ. FRUTO DO DESCASO, DO DESRESPEITO E DA CONIVÊNCIA DE ALGUNS COOPTADOS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS, AMBIENTALISTA E COMUNITÁRIO QUE FINGE BRINCAR DE FAZER CONTROLE SOCIAL. ALIADOS DE PRIMEIRA HORA DA DESPREFEITURA LOCAL, DA AGENDA 21 DO COMPERJ, DO CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, DE CONSELHOS GESTORES DE MEIO AMBIENTE, DO FUNDO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE ENTRE OUTRAS FRAUDES E ARMAÇÕES. PREFERINDO BRINCAR DE SER AMBIENTALISTA CATAR CONCHINHAS, DAR AULAS DO QUE DESCONHECEM E LEVAR PEQUENAS VANTAGENS E BENESSES PESSOAIS; CARGOS NO EXECUTIVO, MIGALHAS DA PETROBRÁS, AGENDINHAS, LANCHINHOS E PROMESSAS DE NOVOS FAVORES E CARGOS.   POR TUDO ISSO, E MUITO MAIS, AS ENTIDADES INTEGRANTES DO CCM RESOLVERAM POR UNANIMIDADE, EM ASSEMBLÉIA, SE AFASTAR, E NÃO MAIS REFERENDAR ESSA FARSA GROTESCA DE VENDIDOS E AGENTES A SERVIÇO DO EXECUTIVO E DA PETROBRÁS. ASSIM SENDO LAMENTAMOS QUE A PERPETUAÇÃO DESTE TEATRO COMUNITÁRIO SIRVA PARA SUBSCREVER E REFERENDAR A AÇÃO MEDIOCRE DA DESPREFEITURA EM CONLUIO COM O INSTITUCIONAL DA PETROBRÁS. CABE A NÓS, INTEGRANTES DOS MOVIMENTOS SÉRIOS E ATUANTES, DENUNCIAR ESSE CIRCO INSTALADO PARA ILUDIR O NOSSO POVO, E BUSCAR A TODO CUSTO VANTAGENS PESSOAIS. O DESPEJO DIRETO DE UMA QUANTIDADE IMENSA DE ESGOTO DOMÉSTICO, AGORA AGRAVADO PELO AUMENTO CONSTANTE DA POPULAÇÃO DEVIDO AO COMPERJ, LEVOU A UMA CONDIÇÃO DE SATURAÇÃO DAS NOSSAS LAGOAS; MAS DISSO NÃO SE FALA NA AGENDA 21 DO COMPERJ, NEM NO CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE... UMA DISPUTA DE FAVORES E CARGOS,BALCÃO DE NEGÓCIOS FOI NO QUE SE TRANSFORMOU O DITO" MOVIMENTO AMBIENTAL " LOCAL;QUE NÃO POR ACASO TIVERAM SEUS REPRESENTANTES EXPURGADOS DO CCM. E AGORA É TENTAR ABAFAR ESSE DESASTRE AMBIENTAL PERPETRADO PELOS QUE GOVERNAM NOSSO MUNICÍPIO, COM O LUXUOSO AUXÍLIO DAS MESMAS FIGURAS QUE FAZ TEMPO TENTAM E BUSCAM UNICAMENTE SEUS PRÓPRIOS INTERESSES.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

MAIS REFLEXÕES...


Higgs, Deus, bóson e outros nomes


Imagem digital mostra colisão de partículas no LHC que pode ter gerado o bóson de Higgs (CMS/Cern)
Nas horas que se seguiram ao anúncio da quase-descoberta do bóson de Higgs, a tão procurada partícula elementar necessária para completar a teoria da física que rege o mundo microscópico, ouvi cientistas reclamando da "intervenção divina" na cobertura do evento.

Muitos não gostam do apelido que a mídia adotou para deixar essa entidade corpuscular mais sexy: a "partícula de Deus". Com razão, querem evitar que as pessoas pensem que a detecção do bóson de Higgs possa ser uma espécie de confirmação da existência do Todo Poderoso. Isso não faz o menor sentido, é claro, e por isso o nome preferido até agora é o oficial _uma referência a Peter Higgs, criador da teoria que descreve a partícula.

O que alguns cientistas não levam em conta é que esse apelido impopular não foi dado por nenhum jornalista impertinente, e sim por Leon Lederman, ganhador do prêmio Nobel de Física de 1988. Ele é autor de "The God Particle", livro que explica a teoria para o público leigo.

A piada que Lederman usa para justificar o nome é a de que foi proibido por seus editores de intitular o livro "The Goddamn Particle" (A Maldita Partícula). Mas a verdadeira inspiração para o título, explica depois, está num exemplo que ele encontrou em "um livro bem mais antigo": a Bíblia. E esse sacrilégio cometido pelo físico guarda uma analogia bem interessante.

O bóson de Higgs é um componente teórico fundamental para entender por que as partículas elementares conhecidas até agora tem massas tão diferentes umas das outras. Um elétron pesa até 200 mil vezes mais que um neutrino, e ninguém entende por quê. Essas partículas porém, devem interagir com o bóson de Higgs, que lhes confere a propriedade da massa. É possível então entender a partir dessa interação por que elétrons, neutrinos, quarks etc. são tão diferentes. Do contrário, seria preciso supor que a natureza conferiu propriedades aleatórias aos seus componentes mais fundamentais.

Como objetivo da ciência é construir uma descrição da realidade o mais compacta e coerente possível, não faz sentido imaginar que os componentes mais básicos da matéria e da energia sejam um zoológico de entidades totalmente diferentes umas das outras.

O Velho Testamento possui uma tentativa semelhante de explicar por que os povos falam tantas línguas diferentes e não entendem uns aos outros. Segundo uma passagem do Gênesis, quando os humanos eram um povo só com uma língua única, tentaram construir a Torre de Babel para atingir os céus e irritaram Deus com sua petulância. O que Ele fez então foi espalhar a humanidade pela Terra e fazer com que povos distintos falassem línguas diferentes. Dessa forma, não poderiam criar uma sociedade poderosa a ponto de se equipararem ao poder divino.

Se Deus foi usado como explicação para a humanidade ter línguas diferentes, diz Lederman, o bóson de Higgs seria a explicação para as partículas elementares terem massas diferentes.

Por alguma razão, em língua portuguesa convencionou-se traduzir o apelido do bóson como "partícula de Deus" e não "Partícula Deus", que seria a forma correta. Meu colega jornalista de ciência 
Igor Zolnerkevic, físico que costuma ler nossas reportagens com olhos afiados, supõe que "seria uma imagem bizarra demais a de um Deus em forma de partícula subatômica; o velhinho de barba é muito mais simpático."

Se a maioria dos cientistas não gosta de incluir Deus nessa história, Peter Higgs já disse que fica incomodado também de ver a partícula batizada apenas com seu nome. Para ele, é preciso fazer jus a outros físicos _François Englert e Robert Brout_ que também deram grandes contribuições à teoria. Me parece pouco prático batizar a partícula como "bóson de Englert-Brout-Higgs", porém.

De todo modo, se os físicos decidirem dar outro nome à partícula, talvez devam esperar um pouco. Mesmo tendo conseguido ver sinais otimistas neste ano no acelerador de partículas LHC, uma confirmação da existência do bóson de Higgs só deve sair em meados do ano que vem, quando o experimento tiver acumulado mais dados. Se por algum azar a partícula continuar se escondendo, toda essa discussão bizantina terá sido sem sentido.

PS. Aos distraídos que estão procurando o livro de Leon Lederman para comprar: ao que parece, ainda não há nenhuma tradução para o português. Cuidado para não adquirir "Partícula de Deus", lançado pela editora All Print. Este, da autoria de Breno Medeiros, é na verdade um livro de poesias com inspiração religiosa. Não sei se o autor é bom poeta, mas me parece que o intuito da obra não é descrever o bóson de Higgs. Melhor ir atrás do original de Lederman em inglês.

Escrito por Rafael Garcia às 13h40

EM MARICÁ NÃO É DIFERENTE..


Quase 25% do solo do planeta já sofreu alguma deterioração

SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO
O problema ambiental não está apenas na água ou no ar. De acordo com um relatório da Nações Unidas, 24% do solo do planeta já sofreu algum tipo de deterioração.
A informação é do relatório anual do Unep (Programa de Ambiente das Nações Unidas), divulgado ontem.
O texto mostra que práticas recentes (nos últimos 25 anos) especialmente na atividade agrícola têm estragado e poluído o solo em diversas partes do planeta.
De acordo com o documento, a erosão provocada pela agricultura é até cem vezes mais intensa do que o processo erosivo "natural" do solo.
O problema disso é que o solo com erosão perde uma quantidade significativa de carbono para atmosfera -componente importante para o crescimento vegetal.
O Unep manifestou ainda uma preocupação com as usinas nucleares que estão sendo desativadas desde o acidente em uma usina nuclear de Fukushima, no Japão.
Em março de 2011, a usina foi atingida por um terremoto seguido de um tsunami e houve vazamento nuclear. Desde então, vários países declararam que fechariam suas usinas nucleares.
De acordo com o documento das Nações Unidas, 138 reatores foram fechados apenas neste ano, em 19 países.
Os desmantelamento dos reatores -que tem alto risco de contaminação do solo e custa cerca de 10% a 15% da implantação da usina- só foi concluída em 17 deles.

INFORMES AMBIENTAIS


Veja onde descartar objetos obsoletos, como celulares e lâmpadas

ROSANA FARIA DE FREITAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
De um ano para o outro, o seu computador fica obsoleto. O celular passa de item cobiçado a peça pré-histórica em questão de meses. Imagine se esses produtos, e mais baterias de carro, exames de raio-X e lâmpadas fluorescentes fossem dispensados como entulho comum.
Marlene Bergamo/Folhapress
Depósito da Utep em Guarulhos (Grande SP), onde pneus são triturados e reciclados
Depósito da Utep em Guarulhos (Grande SP), onde pneus são triturados e reciclados
As baterias de carro contêm chumbo, que gera problemas ao sistema nervoso, enfraquece os ossos, causa anemia. Essas substâncias tóxicas podem se instalar em seu corpo de forma simples: uma vez despejadas no solo, têm suas matérias-primas decompostas, são ingeridas por vermes e minhocas e, em contato com o lençol freático, entram na cadeia alimentar por meio das plantas. Como você é o último componente desse ciclo, consome as substâncias absorvidas ao longo do processo.
As lâmpadas fluorescentes contêm vidro e metal, e são compostas por fósforo e mercúrio. O fósforo favorece o surgimento de câncer e provoca lesões nos rins e no fígado; o mercúrio, se inalado, pode causar dor de cabeça, febre, fraqueza muscular. A esses "poluidores" se unem outros, como computador e pneu, todos com componentes tóxicos na composição.
O Brasil é o país que mais descarta computadores pessoais per capita --0,5 kg por habitante--, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Na China é de 0,2 kg por pessoa.
O número dessas máquinas vendidas no país sobe 15% a 20% ao ano: em 2010, atingiu 13,3 milhões, de acordo com a consultoria IT Data.
No mundo todo, são geradas 40 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos anualmente, sendo que apenas 10% passam por reciclagem de forma apropriada.
O trabalho de desmontagem e o reaproveitamento é pouco conhecido por aqui, segundo o Cedir (Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática da USP).
REAPROVEITAMENTO
Para entender a importância de dar destino certo ao velho aparelho de TV ou ao computador, é preciso se dar conta de que quase 50% dos eletroeletrônicos é composto de plástico e ferro, insumos largamente aproveitáveis. O chumbo volta à ativa como matéria-prima. O vidro das telas gera cerâmica vitrificada, empregada em pisos.
Grande parte do asfalto vem dos pneus que são dispensados adequadamente. Embora a valorização energética --em caldeiras de indústrias, por exemplo-- seja o principal destino, boa parte deles é utilizada para fazer asfalto ecológico, piso de quadras poliesportivas e artefatos de borracha, como tapetes e sapatos.
Segundo a Reciclanip, entidade responsável pela coleta de pneus e ligada à Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), em 2010 o Brasil reciclou mais de 300 mil toneladas de pneus, equivalente a quase 62 milhões de unidades de carros.
ONDE DESCARTAR
Jogar o lixo no lugar certo ajuda a sustentabilidade do planeta porque significa economia e aproveitamento de matéria-prima. Por isso, alguns países fazem recomendações oficiais para o descarte correto do produto.
No Brasil, uma iniciativa desse tipo seria de grande valia, porque só em São Paulo o volume mensal de compra de óleo é de mais de 20 milhões de litros, segundo pesquisa da Nielsen. Aqui, algumas empresas e hospitais fazem a coleta daquilo que já não serve mais para você.
Editoria de Arte/Folhapress